Derrick Green, o frontman dos SEPULTURA, diz que os comentários que fez no início deste ano sobre uma possível reunião com o guitarrista, vocalista e membro fundador da banda Max Cavalera, foram mal interpretados. Como é do conhecimento geral, a formação clássica da famosa banda brasileira separou-se em 1996 com a saída de Max após o resto da banda ter decidido deixar de trabalhar com a sua esposa, Gloria Cavalera, que até então tinha actuado como manager do grupo. O seu irmão, o baterista Igor Cavalera, ainda se manteve mais uma década antes de abandonar os SEPULTURA, antes de abandonar e se juntar a Max nos CAVALERA CONSPIRACY.
Em Janeiro de 2020, quando questionado no podcast “Scars And Guitars” sobre a conversa recorrente no sentido de uma reunião com Max, Derrick Green, que ocupa o lugar do Cavalera mais velho desde 1998, disse achar que “para algumas pessoas é difícil seguir realmente em frente. É difícil para as pessoas mudarem em geral — pelo facto de terem medo da mudança, pelo inesperado do mudar. Para algumas pessoas é difícil, mas tudo bem. Não é onde estamos musicalmente e, graças a Deus, fomos capazes de seguir em frente e não apenas confiar no passado. Acho que é natural para certas pessoas que gravitem em torno de algo que conheceram no passado, e talvez seja onde gostariam de ter as suas cabeças. Eu nunca quis estar nessa posição porque, para mim, como artista, é importante explorar e evoluir, sinto que a mudança é realmente necessária.“
Uns dias depois, na sua página oficial no Facebook, Gloria Cavalera reagiu aos comentários de Derrick, escrevendo “Foda-se! O Max e o Iggor nunca falam sobre a possibilidade de uma reunião. Porque é que vocês acham que eles saíram da banda? Lol. Precisas falar do Max e Iggor para conseguir mais imprensa?? Sim, para TI deve ser difícil seguir em frente! O Max e o Iggor podem voltar às raízes e tudo que tu podes fazer é cantar as letras que o meu marido escreveu!“. Nos comentários alguém perguntou a Glória porque é que os restantes os membros dos SEPULTURA não mudaram o nome da banda após a saída de Max. Ela respondeu: “Bem, eu podia especular, mas a verdade irrita as pessoas. Todos sabemos porque é que eles não podem mudar o nome. A questão é… Se o Max é a pessoa que eles insistem que é, porque cantam as letras dele?“.
Recentemente, Green reagiu às observações de Gloria durante uma aparição no “Talking Bollocks”, o podcast do vocalista do ACID REIGN, o comediante Howard H. Smith. “A interpretação de quem leu ou ouviu essa entrevista estava completamente errada”, disse Derrick (áudio disponível em baixo). “Mas está tudo bem; isso é algo que está sempre a acontecer. E foi por isso que não mergulhei numa resposta, mas obviamente que não era isso que queria dizer. Não vou sequer tentar defendê-lo“. Green também falou em termos gerais sobre os desafios de entrar numa banda estabelecida e de sucesso, especialmente quando se trata de substituir alguém que foi um ponto focal no grupo por quase uma década e meia. “Entrar numa banda, substituir uma pessoa, especialmente o frontman, é uma das mudanças mais difíceis que podem acontecer a uma banda”, disse Derrick. “Eu sabia que levaria anos para que as pessoas superassem a mudança e começassem realmente a ouvir o que está a acontecer“.