O icónico Max Cavalera sempre se mostrou mais interessado em olhar para o seu futuro do que para o passado, mas numa entrevista recente à revista britânica KERRANG!, o vocalista e guitarrista brasileiro reflectiu acerca da sua saída os SEPULTURA em 1996, negando que tivesse deixado a banda ao aperceber-se que os outros integrantes queriam despedir Gloria Cavalera, a sua esposa e manager da banda, que havia acabado de perder o filho, Dana Wells, num acidente de carro. O assunto veio à baila quando o jornalista perguntou a Max se achava que a sua saída dos SEPULTURA seria ainda mais complicada hoje em dia, com as reacções nas redes sociais. “Não sei, mas provavelmente seria diferente, sim“, respondeu o músico. “Certamente que haveria muito mais conversa sobre isso, só para começar. Na época, muitas pessoas nem sabiam que eu tinha saído. Lembro-me que escrevi uma carta e enviei-a para as revistas explicando o porquê de ter abandonado o grupo e, até hoje, acho que muita gente ainda não entendeu bem o que aconteceu.” De seguida, Max, explicou então o que o levou a saír da banda que formou, ainda nos anos 80, com o seu irmão Igor. “Dizem que saí porque a Gloria foi despedida e isso é um disparate. Na verdade, isso não aconteceu. O contracto que ela tinha connosco já havia chegado ao fim. Eu saí porque eles queriam coisas que não tinham a ver com a a banda — grandes managers de Los Angeles e coisas de estrelas do rock, que eu nunca achei que precisássemos“. Recentemente, Max lançou recentemente uma série de vídeos na internet chamada Max Trax, em que detalha o processo de composição e gravação de alguns dos temas mais emblemáticos que escreveu ao longo de quatro décadas de carreira na música extrema.
A LOUD! precisa da tua ajuda para poder continuar a oferecer jornalismo de qualidade, aberto e independente. Por maior ou menor que seja, qualquer contribuição por parte dos nossos leitores é incrivelmente valiosa. Para mais detalhes ou para fazeres uma doação, encontras toda a informação AQUI. Obrigado!