Os LIMP BIZKIT lamentam a perda de “um irmão, um coração e uma alma que nunca poderão ser substituídos”. Sam Rivers tinha apenas 48 anos.
O mundo do nu-metal perdeu uma das suas figuras mais carismáticas. Sam Rivers, baixista e cofundador dos LIMP BIZKIT, morreu aos 48 anos. A notícia foi confirmada pela banda no Sábado, 18 de Outubro, através de uma publicação no Instagram. Nenhuma causa de morte foi revelada. Rivers fundou os LIMP BIZKIT em 1994, ao lado do vocalista Fred Durst e do baterista John Otto, e muito ajudou a definir a sonoridade que marcou uma geração no final dos anos 90 e início dos 2000.
Ao longo de três décadas, o músico manteve-se como uma presença constante nos LIMP BIZKIT, participando em todos os seis álbuns de estúdio do grupo — quatro dos quais atingiram estatuto de platina ou multi platina. Na mensagem publicada nas redes sociais, os restantes membros — Fred Durst, Wes Borland, John Otto e DJ Lethal — escreveram um texto profundamente emotivo em homenagem ao seu companheiro:
“Hoje perdemos o nosso irmão. O nosso colega de banda. O nosso batimento cardíaco. O Sam Rivers não era apenas o nosso baixista — era pura magia. O pulso por baixo de cada canção, a calma no meio do caos, a alma no som. Desde a primeira nota que tocámos juntos, o Sam trouxe uma luz e um ritmo que nunca poderão ser substituídos. O seu talento era natural, a sua presença inesquecível, o seu coração enorme.
Partilhámos tantos momentos — selvagens, tranquilos, belos — e todos foram mais significativos porque o Sam estava lá. Era um ser humano único. Uma verdadeira lenda entre lendas. E o seu espírito viverá para sempre em cada groove, em cada palco, em cada memória. Amamos-te, Sam. Levaremos contigo connosco, sempre. Descansa em paz, irmão. A tua música nunca acaba.”
Nos comentários da publicação, DJ Lethal reforçou o pedido de respeito pela privacidade da família e deixou palavras comoventes sobre a importância de Rivers: “Amamos-te, Sam Rivers. Por favor, respeitem a privacidade da família neste momento. Dêem-lhe flores e toquem as suas linhas de baixo durante todo o dia! Estamos em choque. Descansa em poder, meu irmão! Viverás através da tua música e das vidas que ajudaste a salvar com o teu trabalho, a tua caridade e as tuas amizades. Estamos de coração partido. Aproveitem cada milissegundo da vida — ela não é garantida.”
A morte de Sam Rivers apanhou os fãs e a comunidade musical de surpresa. Os LIMP BIZKIT tinham actuado pela última vez a 24 de Agosto, no festival de Leeds, em Inglaterra, e estavam prestes a iniciar uma digressão pela América Latina no final de Novembro, ao lado de nomes como Yungblud e 311.
O legado de Rivers é inseparável do som que ajudou a moldar. As suas linhas de baixo, simultaneamente melódicas e contundentes, foram essenciais para definir o groove explosivo de temas icónicos como «Break Stuff», «My Generation» e «Rollin’», transformando os LIMP BIZKIT num fenómeno global e num dos pilares do movimento nu-metal. A sua forma de tocar, marcada por precisão e feeling, deu à banda uma base rítmica que equilibrava a agressividade do rap-metal com uma cadência quase funk.
Além do seu trabalho com os LIMP BIZKIT, Rivers destacou-se também como produtor e colaborador de outros artistas, sempre com a mesma atenção ao detalhe e sensibilidade musical que o tornaram um dos baixistas mais respeitados do género. A banda lançou recentemente o single «Making Love To Morgan Wallen», que atingiu o topo de várias tabelas de rock, sinal de uma vitalidade artística que parecia longe de abrandar. A morte do músico encerra assim um capítulo fundamental na história da banda e do nu-metal, deixando uma ausência impossível de colmatar.
Entre mensagens de luto e tributos nas redes sociais, a comunidade recorda um músico que viveu para o som e para os palcos. Como resumiu a própria banda, “o seu espírito viverá para sempre em cada groove, cada palco, cada memória”. Os LIMP BIZKIT não anunciaram ainda como procederão relativamente à digressão prevista para as próximas semanas. Por agora, o silêncio e a dor marcam a despedida de um músico que deu corpo e alma a uma das bandas mais emblemáticas do seu tempo.















