Com 2022 já na recta final, é óbvio afirmar que o novo álbum dos SACRED SIN, «Storms Over The Dying World», é um dos melhores lançamentos do ano. Os deathsters já tinham levantado uma ponta do véu, com «Born Suffer Die», em 2020, mas mesmo assim conseguiram surpreender, dispensando a muleta de inserirem novamente os três títulos do EP no disco e conseguindo apresentar nove temas de qualidade superior, sem momentos mortos. Como a LOUD! referiu na altura, um exemplo de “como se pode ser veterano com três décadas e não soar embaraçoso”. Agora chegou a altura de revelar mais um tema com visualização associada. A faixa escolhida é «Icons Of Blood». “Gostamos muito da atmosfera e intensidade aqui presente”, diz José Costa, baixista, vocalista e o fundador do grupo. “Este era um dos temas que daria titulo ao álbum”, no que foi uma “ideia inicial”. Na realidade, trata-se de um tema com “mais de uma década, e a maqueta foi ficando na gaveta, foi uma gestação muito lenta… Até agora, em que finalmente saltou para fora”. De acordo com o autor, “a nível lírico, o tema reflete sobre ameaça nuclear, alguns dos versos desta letra foram escritos ainda nos meus tempos de adolescente, ainda nem sabia que ia ter uma banda como os Sacred Sin… Na altura, anos 80, a ameaça nuclear também era uma sombra que pairava no ar”.
Um pouco antes da saída do álbum, o quarteto voltou à estrada, onde ainda permanece, com uma impressionante regularidade de actuações tendo em conta a dimensão do território. “A programação destes concertos foi feita no início do ano, e com ideia de concentrar as datas junto ao lançamento do disco”, explica o baixista. “Numa primeira fase, em Setembro/Outubro deste ano e, depois, a continuar no próximo. Vamos anunciar mais datas, por cá e para fora, logo seja possível”, adianta. O adiamento da data portuense para inícios de Outubro e a falta de datas a norte parece estar também resolvido. “Contamos voltar ao Porto no próximo ano, e fazer mais umas datas a norte também… logo hajam oportunidades!”. Em jeito de balanço, para quem ainda não reparou na edição deste novo disco, este “chegou a meio de Agosto, houve fuga de informação, e o mp3 promocional enviado para alguns media, acabou por ir parar a sites não oficiais ainda antes da data de lançamento, que seria 29 de Julho. A editora colocou então o disco disponível online devido a essa situação, e nós também tivemos de o fazer”. De acordo com Costa, “a fábrica entregou o disco em meados de Agosto, quando já havia bastantes pré-vendas e o feedback tem sido muito bom”. Com a estrada e os concertos “vejo com muita satisfação a aderência do público”, diz o músico. Na verdade, os SACRED SIN são, neste momento, um dos concertos mais sólidos entre bandas nacionais, mesmo antes da edição do disco. A veterania de um Tó Pica, aliada à solidez de Luis Coelho e Ricardo Oliveira, acabam a formar uma oferta de óptimo nível. Para quem ainda não os viu nesta fase, fica então o vídeo de «Icons Of Blood» para aguçar o apetite.