A 2 de Dezembro passado, faleceu aquele que podia ser considerado o sexto ZEPPELIN, Richard Cole. Uma grande banda, possui quase sempre uma grande equipa. No caso dos LED ZEPPELIN, eram dois os nomes incontornáveis, Peter Grant e Richard Cole. Grant, falecido em 1995, era o manager responsável por muitas das decisões e fundador de muitas políticas ainda hoje seguidas pelos músicos. Cole era o braço do manager na estrada. Foi colocado, por Grant, como road manager dos THE YARDBIRDS na última digressão norte-americana do grupo, recordou Jimmy Page, a propósito da morte do técnico. “Ele estava comigo no momento em que a banda terminou e formei os Led Zeppelin”, recorda o guitarrista. “Desde o momento dos ensaios na minha casa em Pangbourne, e durante a digressão dos Estados Unidos, testemunhou o fenómeno que foram os Led Zeppelin, estando lá do primeiro ao último dos concertos do grupo”.

Na realidade, Richard Cole foi bem mais que isso, pois como road manager, resolveu muitas das situações por trás do palco, criadas pela banda, em particular os problemas causados pela personalidade de John Bonham. Cole afastou-se dos músicos em 1979, numa altura em que esteve preso na Turquia por tráfico de drogas, situação revelada em “Hammer Of The Gods”, polémica biografia da banda que ajudou a escrever, embora tentando permanecer anónimo. Em 1993, numa entrevista à Guitar World, Page referia: “Está aí um livro escrito pelo nosso antigo road manager, Richard Cole, que me deixou completamente doente”. Nessa declaração afirmava “estar tão chateado com isso que nem tinha conseguido ler toda a obra”. Apesar desta referência ao livro da autoria de Stephen Davis, Page e o resto da banda voltaram a aproximar-se de Cole, tendo mesmo sido visitado por Robert Plant no início do ano, no hospital onde estava internado. A sua importância na carreira do grupo, levou mesmo a que fosse criado um grupo do Facebook com a designação The Richard Cole Appreciation Society. Nascido em 1946, faleceu a 2 de Dezembro passado, no Chelsea And Westminster Hospital, em Londres, após uma prolongada batalha contra o cancro.