O baterista dos RAMMSTEIN, Christoph “Doom” Schneider, já era membro activo da cena musical de Berlim mesmo antes da formação dos autores de «Mutter», que se juntaram originalmente em 1994. Durante os anos 80, o músico fez parte do projecto DIE FIRMA que, segundo afirmações do próprio numa entrevista recente, tinham dois espiões do governo na formação. Ao ser questionado como era fazer parte de uma banda antes da queda do Muro de Berlim em 1989, Schneider falou sobre os DIE FIRMA, que faziam música gótica e sombria com letras de protesto. “Os Die Firma eram uma banda punk new wave“, começou por explicar o baterista. “O estilo era um pouco sombrio, com influências góticas. Tínhamos letras que protestavam contra o sistema. E. claro, isso não era permitido — éramos uma banda underground. […] No entanto, naquela altura, o governo tinha gente em todo o lado: eram espiões do Serviço Secreto. O engraçado é que eu não conseguia imaginar nenhuma banda mais difícil de engolir do que a minha naquela época, e tínhamos duas pessoas na formação que eram espiões — o cantor e o teclista! [risos] Era incrível. Eles não eram profissionais: eram espiões contratados que recebiam um pequeno pagamento e, de vez em quando, tinham que falar às autoridades sobre a cena musical.” Recorde-se que, recentemente, os RAMMSTEIN foram forçados a reagendar todos os espectáculos que tinham marcados para este Verão.
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