Várias fontes relatam que, após 37 anos em cena, isto se não contarmos com todos os hiatos e reuniões ocasionais por que passaram ao longo de toda a sua carreira, os NUCLEAR ASSAULT, usaram as suas contas oficiais nas redes sociais para anunciarem um ponto final no seu já longo percurso. Embora não tenha sido dada qualquer razão oficial para a ruptura, a banda confirmou-a através do seu Facebook ao publicar uma fotografia de uma lápide em que se pode ler: “RIP Nuclear Assault 1985-2022“. A publicação foi, desde então, apagada, assim como a própria página oficial na rede social da META. Recorde-se que, em Março deste ano, Dan Lilker já tinha revelado que a actuação dos NUCLEAR ASSAULT na edição deste ano do Decibel Magazine Metal & Beer Fest, que decorreu no mês de Junho em Filadélfia, nos Estados Unidos, poderia bem ser a última actuação do grupo nos Estados Unidos. Em conversa com o jornalista com Albert Mudrian, o baixista disse: “Vamos estar praticamente a encerrar a nossa actividade como banda. A verdade é que ninguém está a ficar mais novo, as pessoas têm compromissos e famílias e coisas do género. Portanto, este pode muito bem ser o nosso último espectáculo nos Estados Unidos“.
Pioneiros da tendência thrash metal na Costa Leste dos Estados Unidos, os NUCLEAR ASSAULT foram criados em 1985 pelo vocalista/guitarrista John Connelly e pelo baixista original dos Anthrax, Dan Lilker, que tinha sido expulso da banda após o lançamento de «Fistful Of Metal», a estreia da banda de Scott Ian e Charlie Benante. A banda ganhou exposição nacional e internacional durante o final dos anos 80 e início dos 90s com os seus primeiros álbuns — «Game Over» (de 1986), «Survive» (de 1988) e «Handle With Care» (de 1989) — e, apoiados num regime de tours contínuas e com os seus vídeo-clips a receberem regularmente airplay no Headbangers Ball da MTV — fizeram nome e estabeleceram-se como uma proposta a ter em conta. Separaram-se pela primeira vez em 1995 e, desde então, têm-se reunido periodicamente, antes e depois do lançamento do seu mais recente registo de estúdio, «Third World Genocide», de 2005). Para além de serem uma das primeiras bandas de thrash a emergir da Costa Leste dos Estados Unidos, os NUCLEAR ASSAULT — juntamente com Exodus, Kreator, Destruction, Overkill e Sodom — também tem sido vistps como uma das pontes históricas entre os The Big Four e a segunda vaga do género, que surgiu no final dos anos 80 e que gerou nomes como Sepultura, Testament, Death Angel, Sacred Reich, Dark Angel, Forbidden, Vio-Lence ou Flotsam & Jetsam, entre muitos outros.
