Faleceu Pedro Gonçalves, dos DEAD COMBO. O músico, que criou a banda com o guitarrista Tó Trips no ano de 2003, tinha apenas 51 anos. A notícia da sua morte foi confirmada por José Morais, o agente da banda ao jornal Público e também à Agência Lusa. Gonçalves lutava contra um cancro há já vários anos e, no início de Novembro, o agravamento do seu estado de saúde levou a que os músicos tivessem de cancelar os quinze concertos que tinham agendados até ao final deste ano no contexto da sua digressão de despedida. “Decidimos acabar, mas acabar em grande“, escreveram os DEAD COMBO em Outubro de 2019, altura em que anunciaram a separação do projecto. “Não é um final triste, há muita coisa para ser celebrada. De uma forma concreta, acabamos como começámos: os dois. Voltamos aos palcos com uma tour, num passeio pela nossa história”. Formados em 2003, a eclética dupla lisboeta lançou um total de seis álbuns de estúdio — «Vol. I» (2004), «Vol. II – Quando A Alma Não É Pequena» (2006), «Guitars From Nothing» (2007), «Lusitânia Playboys» (2008), «Lisboa Mulata» (2011), «A Bunch Of Meninos» (2014), «Dead Combo E As Cordas Da Má Fama» (2016) e o mais recente «Odeon Hotel», de 2018. Os dois músicos tinham-se conhecido 17 anos antes no final de um concerto de Howe Gelb, e, com todo o passado punk, visceral, de experiências como os LULU BLIND de Trips e a história construída no circuito do jazz de Pedro Gonçalves, criaram uma das propostas mais singulares de que há memória no cenário rock lusitano.
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