Mick Rock, o lendário fotógrafo de rock conhecido pelo seu trabalho com David Bowie e que fotografou várias capas de álbuns icónicos, incluindo o «Raw Power» dos THe STOOGES, o «Transformer» de LOU REED e o «Queen II» dos QUEEN, morreu aos 72 anos. “É com o mais pesado dos corações que partilhamos a notícia de que o nosso amado renegado psicadélico Mick Rock fez a jornada junguiana para o outro lado”, escreveu a família num comunicado publicado no Twitter. “Quem teve o prazer de existir na sua órbita, sabe que o Mick sempre foi muito mais do que ‘o homem que fotografou os anos 70’. Ele foi um poeta fotográfico — uma verdadeira força da natureza que passava os seus dias a fazer exactamente aquilo que amava, sempre da sua forma deliciosamente ultrajante. As estrelas pareciam alinhar-se sem esforço quando o Mick estava atrás da câmara; alimentar-se do carisma único dos seus súditos eletrizava-o e energizava-o. A sua intenção era sempre intensa. O seu foco era sempre total. Foi sempre um homem fascinado pela imagem, absorveu os seres visuais através das suas lentes e mergulhou na sua arte; pelo caminho criou algumas das mais magníficas fotografias que a música rock já viu. Conhecer o Mick era amá-lo. Era uma criatura mítica; algo que nunca mais vamos experienciar.”
Nativo de Londres, Mick Rock era afectivamente conhecido como “o homem que fotografou os anos 70”. Durante essa década foi o fotógrafo oficial de David Bowie e realizou vários dos seus vídeos, incluindo «John, I’m Only Dancing», «Jean Genie», «Space Oddity» e «Life On Mars». Ao longo dos anos, também fotografou os T. REX, Syd Barrett, SEX PISTOLS, RAMONES, Joan Jett, TALKING HEADS, ROXY MUSIC, THIN LIZZY, GEORDIE e BLONDIE, entre muitos outros. Paralelamente à música, Rock trabalhou também em filmes como ‘The Rocky Horror Picture Show’, ‘Hedwig And the Angry Inch’ e ‘Shortbus’. As suas fotografias foram compiladas em vários livros e foi alvo do documentário “Shot!”, de 2016. “Não vamos lamentar a perda, mas, em vez disso, celebrar a vida fabulosa e a carreira extraordinária de Michael David Rock”, escreveu a família para concluir sua declaração. “Enquanto cada um de vocês faz isso, vamos pedir que a privacidade dos seus entes queridos e próximos seja respeitada neste momento. Portanto, não haverá mais comentários.”