As notícias chegam aos poucos e deixam-nos com o coração nas mãos. Faleceu Mário Ayres, um dos mais lendários guitarristas do rock nacional e uma figura incontonável no underground do rock’n’roll luso. Segundo avança a ARTE SONORA, “o músico, de 65 anos, há algum tempo que lutava contra um cancro do pulmão e estava internado há, pelo menos, duas semanas, com prognóstico muito reservado. Já durante o internamento terá contraído pneumonia, acelerando o inevitável“. Ainda durante a primeira vaga do rock português, Ayres surgiu em cena como guitarrista e acabaria por estabelecer o seu nome como elemento dos lisboetas BRUTO AND THE CANNIBALS, quarteto liderado por Jorge Bruto, dos CAPITÃO FANTASMA. Aí, pelo menos em comunicado à imprensa, era descrito como “o diabólico guitarrista que fez uma aposta com Azazel, em que apostou que venceria o próprio Demo a tocar guitarra.” Um personagem omnipresente na noite da capital e presença assídua nos pontos de encontro do eixo Av. De Roma e Alvalade, Mário Ayres desempenhou um papel de relevo na história dos primeiros anos do rock português através da criação BARBARELA, em 1985, ao lado do vocalista Carlos Gonçalves, do baixista Manuel Frederico, do teclista Renato Júnior e do baterista Manuel Hippo. Desde aí, e até hoje, 3 de Junho de 2021, esteve sempre ligado ao underground como dinamizador e interveniente. A LOUD! deixa aqui as suas sentidas condolências à família, aos amigos e colegas de banda do músico.