O pianista Chick Corea, um dos músicos mais notáveis da história do jazz e um dos pioneiros da música de fusão, faleceu aos 79 anos. A informação foi confirmada nas páginas oficiais do músico nas redes sociais. De acordo com o comunicado divulgado, que pode ser visto na íntegra em baixo, o pianista sofria de um cancro de forma rara, não especificado, que lhe foi diagnosticado recentemente. O músico morreu na passada terça-feira, dia 9 de Fevereiro de 2021. “Ao longo da sua vida e carreira, Chick desfrutou da liberdade e da diversão de criar algo novo e de jogar os jogos que os artistas jogam. Era um marido, pai e avô adorado, e um grande mentor e amigo de muitos. Através do seu trabalho e das décadas que passou a viajar pelo mundo, tocou e inspirou a vida de milhões“, pode ler-se num trecho de uma publicação no seu Facebook.
Nascido a 12 de junho de 1941, em Chelsea, no Massachusetts, Estados Unidos, Chick Corea começou a sua carreira no início da década de 1960 a tocar com artistas de alto gabarito como Blue Mitchell, Herbie Mann, Stan Getz ou Mongo Santamaria, entre outros. Pouco tempo depois, deu início a uma carreira a solo extremamente prolífica, que renderia dezenas de álbuns — «Plays», o seu álbum mais recente, foi editado em 2020. Apesar de se focar no seu percurso a solo, Corea nunca deixou de colaborar com outros artistas e, ainda na década de 1960, trabalhou com a banda de Miles Davis e foi uma peça-fulcral do nascimento do jazz de fusão, género notável por misturar jazz com rock, funk, música latina e outras sonoridades. Já nos anos 1970, o pianista formou o super-projecto RETURN TO FOREVER, com o qual dialogou bastante com o rock, chegando inclusivamente a gravar o tema «Excerpt From The First Movement of Heavy Metal» para o álbum «No Mystery», de 1975. O grupo provaria ser extremamente influente não apenas no mundo do jazz, mas também entre artistas de rock, incluindo membros dos BAD BRAINS e Vernon Reid, dos LIVING COLOUR.