PORCUPINE TREE. Foram um dos maiores nomes do prog britânico deste século. Um grupo merecedor de estar na mesma lista de uns KING CRIMSON, GENESIS ou mesmo PINK FLOYD. Criados em 1987, encerraram actividades em 2010. Pelo meio, já tinham lançado uma dezena de álbuns de estúdio, várias gravações ao vivo e, recentemente, a revisão do catálogo, devidamente reforçada com material extra, caso do recente «Octane Twisted». Depois da digressão promocional a «The Incident», o camaleão sonoro que é Steven Wilson, fundador do grupo e único membro que se manteve no grupo entre 1987 e 1993, , insistiu em registar álbuns em nome próprio, embrenhou-se ainda mais no seu trabalho como produtor e lançou cinco trabalhos a solo. O mais recente, já deste ano, chama-se «The Future Bites». Nos discos que foi gravando cada vez parecia afastar-se mais do prog e, nas entrevistas, quase revelava aversão à banda que o tornou famoso. Foi, portanto, de forma algo surpreendentemente, que vimos a página de Facebook do grupo ser actualizada, fazendo antever algo de novo.
Hoje, veio a confirmação, através de uma música nova e do anúncio de um novo disco e de uma digressão, que arranca a 21 de Outubro do próximo ano em Berlim e termina a 11 de Novembro em Londres, sem qualquer data anunciada para a Península Ibérica. O novo trabalho, adequadamente intitulado «Closure/Continuation», estará disponível apenas em 2022, mais concretamente a 24 de Junho. O novo tema intitula-se «Harridan» e já pode ser escutado no player em cima. Certamente não irá desiludir os fãs, aproximando-se mais do som dos PORCUPINE TREE que da via electrónica seguida por Wilson nos últimos tempos. São oito minutos, bem esclarecedores do estatuto da banda britânica. O álbum está já em pré-venda, em múltiplos formatos. Entretanto, numa curta declaração, o trio esclareceu que «Harridan» e “outros dos novos temas, estavam compostos desde o lançamento” do anterior trabalho. No início terão vivido “num disco duro, num ficheiro de computador que lentamente ia crescendo, com o nome PT2012, mais tarde renomeado PT2015, PT2018 e por aí adiante”. Por vezes “ficavam esquecidos, outras pediam para ser terminados e mostrarem onde podiam levar-nos”, explicam. Uma vez escutados após terminados, “era claro que não se pareciam com nenhum dos nossos trabalhos fora da banda”, formando, “inegavelmente e sem dúvida, um disco dos Porcupine Tree”. Este é, sem dúvida, um dos grandes regressos de 2021.