Praticantes de um power/thrash com influências dos Pantera, os galegos STRIKEBACK formaram-se em 2012 na Corunha, uma região que tem estado em efervescência “com diversos bons nomes a saírem de lá nestes últimos anos“, como confirma a banda, ao ponto de lhes perguntarem “o que se come na Galiza para originar uma cena tão forte?“. O grupo sublinha que tudo “isto não se passa apenas no thrash, mas também em outros estilos.”
Adrián Beltrán “Liber” na voz, Rafa García e Alejandro Alcalde nas guitarras, Sebas Musy na bateria e Pilar Zapata no baixo, integraram a formação que gravou o EP homónimo, a que se seguiria, em 2014, «Share Your Hate», trabalho que os traria a Portugal, ao Santa Maria Summer Fest, tendo ainda actuado em festivais como o Estrella Galicia Noroeste Pop Rock 2016 ou Resurrection Fest, evento em que chegaram a competir no concurso de bandas que levam a cabo. Uma experiência descrita como “muito positiva pois não só contribuiu para a motivação de todos, como também para ajudar a criar diversos contactos e garantir apoios do público.” A ligação do festival, também na Galiza, ao recente movimento de bandas locais acaba por acontecer naturalmente tornando-se “um objectivo de todos poderem lá tocar, ao lado de nomes conhecidos e, assim, obter a máxima exposição.”
2017 viu o quinteto, agora com Flo na guitarra e Alex Mella no baixo, substituindo Alejandro e Pilar Zapata, vir até Portugal, escolhendo Braga e os Ultrasound Studios para gravar «The Plague», editado já no corrente ano. A escolha de Pedro Mendes na produção e de Daniel Cardoso na masterização, é justificada pela banda porque o “Pete rules” além de que, para lá “das boas referências ao estúdio” onde outros importantes nomes espanhóis como “Mutant, Agónica e Angelus Apatrida” tinham gravado e que “apreciavam os resultados obtidos.” Para lá disso, a cidade de Braga “não é longe da Corunha e havia a chance de ficar em casa do produtor, durante o par de semanas que durou a gravação.” Uma experiência que agradou ao colectivo já que “foi a primeira vez que trabalhámos dessa forma.” Gustavo Sazes, também ele residente perto, foi o autor da capa, criando-se assim um trabalho entre duas regiões apenas separadas pelo rio Minho.
Com os seus oito temas e pouco mais de meia-hora de música, «The Plague» revela-se um muito interessante trabalho de thrash, que “tem recebido muito feedback positivo e resultado muito bem“, tendo já proporcionado uma primeira visita a Portugal no Ink’n´Roll, de Vila Real, em Junho passado, estando também “agendados para Abril no Prometheus Fest, em Viseu” algo que foi cancelado pelo grupo pois teve de estar presente “na final da Wacken Metal Battle espanhola, sendo a presença no festival português adiada para o próximo ano.” O colectivo não sente grande diferença entre público galego e português, pois reconhece “ainda não sermos conhecidos de ambos os lados e o público, muitas vezes, estar a descobrir-nos pela primeira vez“. No entanto pelas “expressões das pessoas nos concertos, sentimos estar a ter o mesmo tipo de feedback” embora reconheçam que o público português, “em geral é mais activo no campo de batalha, fala menos e tem mais circle pits.”