PÚRPURA são um duo espanhol, formado por Manuel na guitarra, baixo e voz e Adrià na bateria, fundado em 2017, em Valência. Praticantes de post-metal, assumem-se influenciados por nomes como Isis, Amenra ou Russian Circles. “Éramos parceiros em outra banda e, quando saímos, resolvemos fundar este projecto”, explica Manuel. “Optámos pelo formato de duo porque nos cansámos de procurar outros elementos que tivessem os mesmos gostos, cansámos-nos de lutar para encontrar alguém pois era difícil encontrar quem se quisesse comprometer com o projecto da mesma maneira que nós.”
«Storm I», disco de estreia, tem data de finais de 2017 e proporcionou ao grupo não só diversas datas espanholas, como a passagem por países como França, Bélgica e Alemanha, além da participação no StoneFest e Resurrection, nas edições de 2018. Descrito como “uma mistura subtil de melodia e cru, luz e escuridão”, o trabalho possui cinco temas, sendo homogéneo, por vezes melancólico, como nas guitarras acústicas que percorrem «Remain», outras vezes repleto de raiva, espelhada na voz irada de «True God». «Voices» é o tema escolhido para o vídeo e revela-se uma excelente súmula dos vinte e sete minutos de música contidos no trabalho. O título «Storm I» anuncia desde logo um segundo disco, embora “isso não signifique que será o sucessor, apenas que haverá um «Storm II», pois o título permitirá relacionar os discos entre eles e a continuidade, mesmo em outras peças se interponham”, explica-nos o guitarrista.
Em menos de dois anos, o duo conseguiu atingir metas que outros nomes demoram anos a conquistar, o que justificam com o facto de terem vindo de outro grupo: isso fez com que tivessem experiência, corrigissem erros e estabelecessem novos e mais ambiciosos objectivos. “Um desses objectivos era tocar noutros países assim que possível“, afirma Manuel. “Foi o que conseguimos com uma digressão europeia que passou pela França, Bélgica, Alemanha, Holanda e Suíça. Foi uma experiência fabulosa que tencionamos repetir no próximo ano, numa digressão ainda maior. O Resurrection Fest foi também uma boa experiência, por muito estranho que possa soar, ter um grupo como nós, presente num festival assim, mas partiu da organização começar a inserir nomes como Púrpura, num palco denominado Desert Stage.”