A LOUD! continua a divulgar o invulgar projecto nacional que envolve três grupos clássicos de thrash: BOOBY TRAP, PITCH BLACK e BURIED ALIVE. Depois da estreia de um tema novo dos BOOBY TRAP, é a vez de ser divulgada a faixa que representa a parte dos portuenses PITCH BLACK. «Bastards United» é o disco que marca o ansiado regresso do grupo do Porto aos lançamentos, onze anos depois de «Hate Division». As mudanças são bastantes e hoje o grupo conseguiu o vocalista que procurava, Nuno Quaresma, dos SADISTIC OVERKILL e BOULDER.
O novo frontman junta-se à clássica formação composta pelo baixista Daniel Silva, os guitarristas Álvaro Fernandes e Marco Silva, bem como o baterista Afonso Ribeiro. Os temas do grupo foram gravados nos Thriller Studios e Hanuman Studio por Marco Silva e Bruno Silva, sendo posteriormente misturados e masterizados por Marco Silva nos Thriller Studios. A «Third World Puppeteers», que já pode ser ouvida no player em cima, juntam-se outras quatro canções, incluindo uma versão de «Innocent Birth», original dos também portuenses DOVE. O disco tem edição agendada para 13 de Novembro em formato digipack via Firecum Records.
O primeiro disco dos PITCH BLACK, intitulado «Thrash Killing Machine», foi editado no já distante ano de 2005 e bateu recordes de vendas no seu campo. Numa altura em que, para este regresso, se esperava um novo longa-duração, Álvaro Fernandes explica que “a ideia inicial nunca foi lançarmos já o novo longa-duração, mas sim um EP”. Converter este esse lançamento a split, agradou aos músicos porque estes tipos de lançamentos “sempre marcaram presença no underground e são um simbolismo de entreajuda, cooperação e divulgação”. Afinal “pelo preço de um CD levas três bandas e cada uma promove as outras duas”, explica o guitarrista que também já passou por bandas como WHITERING e DEMENTIA 13.
Este é “um tipo de lançamento que acabou por cair um pouco em desuso”, e em Portugal “ainda mais raro é, nos dias que correm”. Tudo argumentos para “fazer parte integrante de um lançamento com outras duas bandas históricas do nosso underground”, diz o músico. Sendo uma nome reconhecido pela velha guarda, a escolha de um tema dos DOVE pode parecer estranho hoje em dia, mas Álvaro explica que “a par dos W.C. Noise, Booby Trap, Web ou Procyon, os Dove foram uma das bandas que me fez querer tocar thrash metal. Sempre segui e fui um fiel fã do thrash e do metal em geral que se fez por cá nos anos 90“. Foi, de resto, por isso que no momento de “escolher a versão que iríamos gravar, os Dove sempre esteve em cima da mesa”.