Um novo festival nacional e presenças um pouco por todo o país, marcam o calendário do muito aguardado retorno dos PITCH BLACK à estrada, naquilo que é o materializar de um regresso à regularidade de comer alcatrão que tanto popularizou o quinteto há uns anos. Depois de um par de datas locais, na viragem paea 2022, parece que agora a rotina dos palcos finalmente voltar. Trata-se, nas palavras de Álvaro Fernandes, o guitarrista e timoneiro do grupo, de “tentar recuperar todo o tempo perdido” e, por isso, todos os elementos estão “mais focados em tocar do que propriamente em lançar um novo trabalho”. Em declarações à LOUD! o músico referiu que “durante os períodos mais conturbados da pandemia optámos por cancelar todas as datas marcadas devido a toda a incerteza relativamente ao futuro dos espectáculos e às condições dos mesmos. Todas as datas estavam a ser constantemente adiadas e, depois, também não queríamos acabar por tocar para público sentado, ou à mesa. Decidimos entre todos não dar concertos nessas condições e achámos que devíamos esperar por melhores dias. Por todos estes motivos decidimos que, uma vez que regressada a normalidade, deveríamos recuperar tempo perdido, ganhar mais rodagem e também juntar algum dinheiro para a gravação do novo álbum. É que uma banda parada não vende, então esse factor também é importante para a nossa sobrevivência, como é óbvio. Entretanto vamos escrevendo e fazendo umas pré-produções no estúdio do Marco, o nosso guitarrista, de forma a termos material novo quando chegar a altura de gravar”.
Entre as novas datas, está marcada uma passagem pelo Algarve, num novo festival agora anunciado, denominado AL METAL FEST. O evento realiza-se na Casa das Virtudes, em Faro, nos dias 9 e 10 de Dezembro deste ano, sendo os PITCH BLACK a primeira banda confirmada para este evento de dois dias. Para o público pode não ser perceptível a dificuldade de levantar eventos como este, principalmente agora que os custos de transporte subiram imenso. “É muito complicado, digo eu que não sou promotor de eventos, mas o custo de vida está cada vez mais caro, principalmente o combustível, as portagens e a manutenção dos automóveis”, afirma o guitarrista. “Tudo isso pesa imenso no orçamento, nomeadamente em viagens grandes, que é o caso do concerto em Faro. Actualmente, diria que é simplesmente absurdo suportar uma viagem de ida e volta ao Algarve, aliás já não tocamos lá desde 2004, mas depois também depende da gestão que cada promotor faça e do retorno financeiro que esteja a contar. Pode resultar mesmo sem ter um bilhete a um preço elevado, mas é complicado”.
Entretanto, já se passaram onze anos entre a edição de «Hate Division», de 2009, e o EP inserido em «Bastards United», de 2020. Apesar de muitos dos músicos da banda não terem estado parados, era natural que, no regresso, notassem mudanças nos fãs que passaram a ir aos concertos, “Só para terem uma ideia, o Quaresma, que é o nosso actual vocalista, nunca tinha visto a banda ao vivo!”, explica o Álvaro. “Logo, é normal termos notado algumas diferenças. As pessoas também se vão esquecendo e, por outro lado, quando estávamos mais activos e a tocar com frequência, alguns ainda eram miúdos e não iam a concertos ou nem sequer ouviam metal, mas continuamos a ter bastantes amigos e fãs que sempre estiveram atentos e que, actualmente, aparecem nos nossos concertos. Os promotores também não nos esqueceram, o que é positivo”. Para já a banda confirmou cinco datas ainda em 2022 e a presença assegurada, em 2023, no festival Milagre Metaleiro, em S. Pedro do Sul. O primeiro concerto acontece já no próximo dia 17 de Setembro, no Lamas Em Chamas, em Sta Maria de Lamas, com os Grunt, Blind The Eye, WinterMoonShade e Skars. Depois, a 8 de Outubro,actuam num local ainda a revelar, a 4 de Novembro sobem ao palco do Metalpoint, no Porto, com os Necro Chaos e Phenocryst, a 12 de Novembro integram o cartaz do Mosher Fest e, a 10 de Dezembro, estão confirmados no já mencionado Al Metal Fest, em Faro.