Estreiam-se com um EP, a que chamaram «Explosions», agora editado pela Blood Harvest Records. PHENOCRYST é o nome deste colectivo formado por D.S. na guitarra e voz, dos ARCHAIC TOMB e SUMMON; N. também na guitarra, dos SUMMON, SEPULCROS e CONCILIUM; P. Tosher, na bateria, dos EXTREME UNCTION, SCUM LIQUOR e ex-A TREE OF SIGNS; e, finalmente, V.M. no baixo, com os pés também nos SYSTEMIK VIOLENCE e NECROBODE. Todos á se conheciam antes “enquanto vultos caminhantes das noites de degredo e indisciplina moral”, revelam à LOUD!. “Apesar disso, tudo isto foi uma experiência nova para todos porque além das circunstâncias de criarmos algo em contexto de pandemia, em que queríamos que cada um desse o seu contributo, o género não é exactamente o que alguns dos membros fizeram até à data”. A ideia original para a criação do grupo “nasce um pouco pela iniciativa do D.S. que, apesar de estar envolvido noutras bandas, encontrou um espaço mental onde conseguia enquadrar algo um pouco fora daquilo que faz nos Archaic Tomb e Summon”. Aliás, “dentro do que todos os elementos fazem, os Phenocryst são algo meio inédito, um death metal mais directo, mas suficientemente variado para não cair na vulgaridade, que explora temas líricos que nos dão uma certa aura e diferenciação, além da óbvia inspiração, que é toda a temática mais negra da vulcanologia”.
O disco contém cinco temas, um deles instrumental, ao longo de 23 minutos de música, em que a vulcanologia serve de temática. “Vulcanologia não tem nada a ver com o apocalipse, mas sim com algo que sempre existiu: dinâmicas da crosta terrestre e processos naturais geológicos”, explicam. “Esses processos, aliados à existência de vida, provocam, naturalmente, um choque entre vida e morte”. O grupo foca-se assim “no lado negro dessa relação quase simbiótica de vida-morte entre a agressividade natural e a fragilidade carnal perante tais ameaças” que decorrem do “nascer de uma nova forma geológica natural e ambientes nefastos associados ao vómito incandescente de lavas e gases tóxicos”. «Explosions» marca a estreia do colectivo, e é também “o início de toda uma temática exclusiva que queremos desenvolver nos Phenocryst”. Essa temática será explorada “do nome da banda até ao layout, as convoluções sísmicas fracturantes têm um propósito”. Há assim um carácter inédito na música do grupo, pois, como os próprios afirmam, “não conhecemos nenhuma banda que se dedique a este tema exclusivamente, e nem sei como, porque, bem vistas as coisas, é um tema bastante interessante e com muito por onde explorar”. O disco já pode ser escutado na íntegra aqui, mas o primeiro vídeo-clip da banda, é agora estreado pela LOUD!. Que a lava flua.