PEARL JAM + SUM 41 @ NOS Alive | 13.07.2024 | Passeio Marítimo de Algés [reportagem] • LOUD!

Com um alinhamento que surpreendeu pelo destaque dado ao clássico «Ten», Eddie Vedder e os PEARL JAM fizeram novamente o gáudio dos fãs na última noite de NOS Alive.

Apesar de terem sido forçados a cancelar alguns concertos desta mais recente digressão europeia devido a infecções de COVID-19, os PEARL JAM concretizaram o seu regresso habitual ao NOS Alive e, verdade seja dita, apresentaram-se em muitíssimo boa forma. Eddie Vedder obviamente que já não vai para novo, e mostra algumas fragilidades na voz, mas no geral assinou uma boa prestação. No entanto, quem mais brilhou foram os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready, que tocaram de forma exímia, bem como Matt Cameron, que foi absolutamente certeiro na bateria.

Apesar do vento que se fazia sentir, o som não fugiu das colunas, mas a maior surpresa neste regresso ao nosso país talvez tenha sido mesmo o alinhamento, com os músicos a interpretarem sete temas retirados do clássico «Ten». Para os fãs que cresceram ao som desse disco e de «VS», este foi daqueles concertos para recordar mais tarde, com um total de dez temas retirados desses dois discos.

Não que seja muito difícil quando se trata dos PEARL JAM em Portugal, mas, logo a abrir, «Daughter» levou o público ao rubro. Seguiram-se duas canções do mais recente disco, o tema-título «Dark Matter» e «React, Respond», e, na primeira pausa, Vedder dirigiu-se logo ao público em português, algo que fica sempre bem. Outros destaques incluíram uma raríssima «Animal», que fez a primeira aparição nesta tour, e, mais adiante, as incontornáveis «Jeremy», «Even Flow», «Black» e a sempre obrigatória (ainda mais no festival lisboeta) «Alive» colocaram todo o público a cantar em uníssono.

Pelo meio, Eddie Vedder ainda arriscou uma reinterpretação de «Imagine», de John Lennon, mostrando que, às vezes, mais vale não mexer no que é perfeito e, para terminar uma épica actuação de duas horas, ouviram-se «Rockin’ In The Free World» e «Yellow Ledbetter», que fechou a noite para a grande maioria dos fãs que sairiam de sorriso na cara do Passeio Marítimo de Algés.

ALINHAMENTO:

NOTA:
Não nos foi permitido captar imagens da actuação dos PEARL JAM.
A foto do cabeçalho foi-nos cedida gentilmente pela RTP.

Umas horas antes de Eddie Vedder e companhia subirem ao palco principal do NOS Alive, os canadianos SUM 41, que andam pelo mundo naquela que é suostamente a sua digressão de despedida, mostraram que o punk rock está bem vivo e deram uma lição de como dar um grande espectáculo perante cerca de 50 mil pessoas. Com o clássico «T.N.T.», dos AC/DC, a tocar nas colunas dp P.A., o público começou logo a aquecer e os SUM 41 surgiram em cena ao som de «Motivation».

Se o público já estava quentinho, os fotógrafos ficaram ainda mais com os disparos de pirotecnia nessa primeira canção e em «The Hell Song». Deryck Whibley dirigiu-se ao público e disse que não ia perder tempo a falar muito, porque tinham um tempo limitado em palco e muita música para tocar. Do novo disco, «Heaven :x: Hell», foram tocados três temas, «Landmines», «Preparasi A Salire» e «Rise Up».

Pelo meio os músicos tocaram um cheirinho de «Smoke On The Water» e «Seven Nation Army» e, já na recta final do espectáculo sacaram da cartola uma versão de «We Will Rock You», dos imortais Queen… Neste caso, a versão acelerada que pode ser ouvida no álbum «Live Killers», e que caiu muito bem nesta ocasião. A terminar, dispararam três clássicos de rajada; a saber, «In Too Deep», «Fat Lip» e, claro, «Still Waiting».