PARKWAY DRIVE

PARKWAY DRIVE: Do underground às arenas — como chegámos aqui, e o que esperar em Lisboa [vídeo]

Imagens de um recente concerto em Munique mostram até onde os australianos PARKWAY DRIVE estão dispostos a levar a sua ambição cénica.

Quando se ouvem relatos de fãs a descrever os espetáculos recentes dos PARKWAY DRIVE como algo comparável aos dos RAMMSTEIN, com paredes de fogo, plataformas suspensas e uma produção que mais parece saída de um filme de acção, isso não é meramente uma hipérbole — é o culminar de uma evolução longa, contínua, e calcada numa ambição cada vez maior de transformar cada concerto numa experiência total.

Formados em Byron Bay, na Austrália, há mais de duas décadas, os PARKWAY DRIVE começaram por destacar-se na cena metalcore local. Álbuns como «Horizons», de 2007, e «Deep Blue», de 2010, ajudaram-nos desde cedo a ganhar fama internacional: riffs velozes, breakdowns potentes, temas energéticos. Com «Atlas», de 2012, consolidaram-se no cenário mundial.

Depois disso, houve uma mudança perceptível: o hoje clássico «IRE», editado em 2015, mostrou-os bastante mais maduros, com maior sensibilidade melódica somada à agressividade; «Reverence» e «Darker Still», de 2018 e 2022, continuaram esse processo, mostrando que os músicos sabem exctamente como navegar entre peso, atmosfera e espectáculo.

Uma referência importante para essa metamorfose cénica parece ter sido o concerto dos RAMMSTEIN no Download Festival em 2013, com o vocalista Winston McCall a afirmar que esse espectáculo foi um ponto de viragem para os PARKWAY DRIVE: segundo ele, foi a primeira vez que a banda pensou, “se pudermos fazer algo desse calibre, por que não?”.

Pois bem, ao longo dos últimos anos, a produção do grupo foi-se tornando mais grandiosa… Mais luz, mais som, mais pirotecnia, cenografia, e uma consciencialização de que um concerto deste tipo é tanto sobre imagem e experiência quanto sobre música — especialmente para um público que vive a música ao vivo como ritual.

O vídeo disponível em cima, gravado recentemente em Munique, dá conta de tudo isso — o fogo que circunda o palco, as paredes de chamas, a plataforma suspensa onde Winston McCall canta e também a bateria giratória de Ben Gordon coberta por efeitos pirotécnicos. É uma forma de espectáculo que deixa bastante claro que os PARKWAY DRIVE já não estão a competir apenas como banda de metalcore, mas como responsáveis por grandes produções, capazes de rivalizar com os grandes do metal visual.

Este nível de produção não é apenas para Munique — chega também a Portugal em breve. Os PARKWAY DRIVE regressam a Portugal a 30 de Outubro de 2025, para um concerto no Sagres Campo Pequeno, em Lisboa, integrado na digressão europeia que celebra os vinte anos da banda. O espectáculo contará ainda com a participação especial dos compatriotas THY ART IS MURDER e dos THE AMITY AFFLICTION. Os bilhetes, com preços a rondar os 47 euros para a bancada e 50 euros para a plateia, estão disponíveis no site da Prime Artists e nos locais habituais.