«Icon 30», a re-imaginação do clássico dos PARADISE LOST foi captada por Jaime Gomez Arellano, nos estúdios Arda Recorders, no Porto.
Numa manobra que surpreendeu muitos fãs da banda, no final do mês de Maio os britânicos PARADISE LOST anunciaram a regravação do clássico «Icon» para uma edição comemorativa do 30.º aniversário do clássico de 1993. Nos planos da banda liderada por Nick Holmes e Gregor Mackintosh está uma versão em vinil “extra especial” daquele que foi o seu muito aplaudido quarto lançamento de longa-duração e, sabemos agora, as regravações do disco, intitulado «Icon 30», decorreram parcialmente no nosso país.
Numa publicação feita hoje, sexta-feira, 18 de Agosto, nas redes sociais da banda, os músicos partilharam mais alguns detalhes sobre o álbum e algumas fotografias das sessões de gravação, que decorreram nos estúdios Arda Recorders, no Porto, sob a supervisão do muito reputado Jaime Gomez Arellano.
Como podes conferir em baixo, segundo a legenda que acompanha essas imagens captadas nas sessões vocais de Nick Holmes, a bateria foi também gravada no Porto, onde decorreu também o re-amping das guitarras e do baixo. A mistura e a masterização de «Icon 30» ficaram a cargo de Gomez Arellano entre o Reino Unido e o Porto, com os créditos de produção divididos entre Gregor Mackintosh, guitarrista e um dos principais timoneiros dos PARADISE LOST, e o talentoso engenheiro colombiano.
“O nosso quarto álbum, «Icon», foi lançado em 1993 e, para celebrar o seu 30º aniversário, decidimos então regravá-lo para um lançamento extra especial em vinil. Isto é tudo que podemos partilhar por enquanto em relação a isto, mas fiquem atentos a mais informações e alguns anúncios especiais em breve!“, escreveram os músicos nas redes sociais aquando do anúncio. Depois, já a 20 de Julho, a banda britânica confirmou a data de lançamento do disco, que acontece a 1 de Dezembro, e revelou a capa, que pode ser vista em baixo. As pré-encomendas, disponíveis em diversos bundles, já estão disponíveis aqui.
Com a notícia a ser recebida sobretudo com questões por parte da leal base de fãs dos PARADISE LOST, o vocalista Nick Holmes decidiu usar também as suas redes sociais para justificar a decisão de uma forma mais detalhada. “O contrato que assinámos antes da gravação do «Icon» implicava que nunca teríamos de volta os direitos da música ou da arte; por isso, para podermos reeditar nós mesmos o álbum numa altura em que celebra o 30.º aniversário, foi necessário regravarmos a música e refazermos completamente a capa“, desabafou ele.
“Resultado, esta regravação não só nos permitiu lançá-lo numa série de edições limitadas em vinil, mas também foi óptima porque nos deu oportunidade de revisitarmos algumas músicas que gravámos há uma vida atrás. Nada pode substituir as gravações originais, esse material é uma parte nostálgica de todas as nossas vidas, mas foi muito divertido revisitarmos mais uma vez aqueles primeiros dias na Music For Nations e, claro, espero que o resultado final mostre isso“.
Paralelamente ao lançamento de «Icon 30», os PARADISE LOST vão encetar a ‘Embers Of Europe Tour 2023’ que, durante o Outono, os vai levar numa longa viagem pelo Velho Continente para uma série de atuações que prometem ser memoráveis. A muito antecipada rota celebratória do 30º aniversário do LP «Icon», chega a Portugal a 16 de Dezembro, para uma data única na Sala Tejo da Altice Arena, em Lisboa.
Originalmente gravado entre Junho e Julho de 1993, nos Jacob Studios e nos Townhouse Studios, no Reino Unido, o quarto longa-duração dos PARADISE LOST foi produzido pelo reputado Simon Efemey e editado pela Music For Nations a 28 de Setembro desse ano. Precedido por «Shades Of God», que expandiu muito ligeiramente o doom/death metal de influência gótica e os estabeleceu como uma das melhores bandas do género, o «Icon» afirmou-se como um proverbial salto de fé.
Com o grupo a ensaiar um afastamento do som explorado nos primeiros discos, neste que foi o último registo com Matt Archer na bateria, Nick Holmes abandonou o seu característico grunhido para adotar um estilo mais limpo e a dupla Mackintosh/Aedy aprimorou ainda mais o estilo único que sempre a caracterizou, uma excelente interação entre os riffs esmagadores de Aedy e as melodias tristes de Mackintosh.
Mais que tudo isso; no «Icon», os PARADISE LOST afirmam-se de uma vez por todas como excelentes compositores – se a «Embers Fire» não é a melhor música de gothic metal de todos os tempos, é porque é a «True Belief». Resultado, há três décadas, estes britânicos já serviam momentos de brilhantismo que nunca foram superados.