Depois e, na passada quarta-feira, ter sido tornado público que os lendários PANTERA vão voltar para fazerem uma digressão em 2023, os fãs começaram imediatamente a manifestar-se. Sem que algum dos músico sobreviventes do grupo tivesse confirmado oficialmente a assinatura de um contracto com a Artist Group Internacional para a marcação dos primeiros concertos em duas décadas, ninguém sabia bem se era apenas mais um rumor ou um regresso efectivo. Nesse caso, quem ocuparia o lugar dos malogrados irmãos Abbott? Nem 24 horas depois, surgiu a confirmação de que Charlie Benante, o baterista dos ANTHRAX, e Zakk Wylde, o guitarrista de OZZY OSBOURNE, são os dois músicos que se vão juntar a Anselmo e Brown numa digressão de “reunião” a ter lugar no próximo ano. Além disso, parece também certo que o quarteto vai fazer a sua própria tour como cabeças-de-cartaz, mas também pretende actuar numa série de grandes festivais nos Estados Unidos e na Europa. De acordo com a Billboard, a nova formação recebeu luz verde das famílias dos dois fundadores da banda, Vincent “Vinnie Paul” Abbott e “Dimebag” Darrell Abbott, assim como de Brown — que, no ano passado, chegou mesmo a afirmar publicamente que Zakk Wylde não tocaria com os PANTERA caso voltassem aos palcos. “Se fizéssemos algo desse género, teria que ser algo muito bem pensado, de outra forma não o faria“, disse o músico numa entrevista ao site EonMusic. Quando confrontado com os rumores de que Zakk Wylde poderia ocupar o lugar de Darrell, Rex respondeu: “O mais certo é que façamos um tributo e o guitarrista não será o Zakk Wylde, isso é algo que posso garantir. Aliás, acabei de dizê-lo para que de uma vez por todas possamos superar essa ideia.” De momento, ainda não está claro o que o terá feito mudar de ideias.
Há vários anos que fãs e até mesmo músicos discutiam a hipótese de Anselmo e Brown se reunirem, com a ajuda de Wylde, para fazerem alguns concertos de homenagem a Dimebag, que foi morto em 2004. A própria dupla discutiu a realização de um evento de homenagem à banda várias vezes no passado, mas uma digressão de “reunião” completa neste momento parece incrivelmente inesperada. Ainda mais, quando essa possibilidade parecia ter ficado bem mais distante depois do baterista Vinnie Paul, outra parte vital do som do quarteto texano, também ter falecido em 2018 — ele que, por uma série de vezes, se posicionou contra qualquer manobra do género na sequência da separação atribulada dos PANTERA após a edição de «Reinventing The Steel», em 2000. Doze anos depois, numa entrevista à rádio WGRD 97.9 FM, de Grand Rapids, Michigan, que pode ser escutada no player em cima, o baterista, na altura ainda com os HELLYEAH, falou um pouco sobre o facto de ter dito que Zakk Wylde seria o homem certo para substituir o seu irmão, mas também afastou rapidamente a hipótese de voltar a reunir-se com Anselmo e Brown. “O Zakk é um grande amigo e, obviamente, também era realmente um enorme amigo do Dime“, começou por dizer ele. “Mas a verdade da questão é que o Dime era os PANTERA. Era uma parte tão grande do que fazíamos, e penso que tentar ter alguém em palco a a tocar as partes dele iria manchar o legado da banda. É o que sinto em relação a isso. Estou muito, muitíssimo orgulhoso e feliz por estar a fazer o que estou a fazer com os HELLYEAH. Chama-se seguir em frente na sua vida. Tens de seguir em frente, e é isso que eu estou a fazer“.