‘Dimebag’ Darrell, nome artístico de Darrell Lance Abbott, que morreu em Dezembro de 2004, continua a ser notícia. Agora por uma questão que envolve o seu contrato de endorsement com a Dean Guitars. Segundo a ARTE SONORA, a notícia da disputa legal foi partilhada pela namorada de longa data de ‘Dimebag’ e fiduciária do seu património, Rita Haney, que escreveu um longo texto no perfil de Instagram do antigo guitarrista dos PANTERA. “Depois de muita consideração, é com grande tristeza que anuncio que a relação de longa data entre o Dimebag e a Dean Guitars está terminada. Infelizmente, fomos forçados a apresentar uma acção judicial contra a Dean Guitars na segunda-feira, 16 de Agosto, pelo motivo exposto na queixa que pode ser vista no site oficial [do antigo guitarrista]“, escreve Haney. “Foi necessário que acabássemos com o endorsement para continuarmos a honrar e celebrar o seu legado da forma que ele merece, e da forma como ele o tinha exposto. Não tomámos esta decisão de ânimo leve e é com um coração pesado que partilhamos esta notícia convosco, os fãs leais do Dime. Como sabem, após assinar o acordo com a Dean Guitars em 2004, o Dime”ficou extasiado por finalmente estar a trabalhar com Dean Zelinsky, que deixou a empresa em 2008. Darrell tinha manifestado várias vezes que era como estar em casa, onde pertencia. Era algo de que ele se orgulhava imensamente“.
Ainda segundo a antiga namorada do guitarrista, que passou “dias a reler todas as notas, listas, cartas e desenhos de Darrell (alguns ainda não lançados) e conhecendo os desejos de Darrell e vendo-os escritos no papel, mais uma vez, depois de todos estes anos“, solidifica que “ele não teria ficado com este acordo. Quero que as palavras de “Dime” sejam seguidas e que o seu legado atinja o nível pretendido. Fiz várias tentativas para resolver amigavelmente a nossa disputa com a Dean Guitars. No entanto, tornou-se claro para mim que a relação de Dimebag com a Dean Guitars tinha chegado ao fim quando o novo CEO me disse que o Dime estava morto há 16 anos e que eles não podiam ganhar o dinheiro que outrora ganhavam… e depois continuou a dizer-me que eu devia ir para outro lugar. Bem… nós vamos! Seguindo em frente, o nosso objectivo será assegurar a justa e respeitosa celebração do legado de “Dime” e a marca indelével que ele e a sua música deixaram neste mundo“.
A ligação de ‘Dimeba’g com a Dean Guitars remonta a quando o músico tinha 14 anos. ‘Dimebag’ tocou com guitarras daquela marca durante todo o apogeu dos PANTERA em meados da década de 1990. Mudou para Washburn Guitars no final da década, uma época em que a Dean Guitars tinha praticamente desaparecido do mercado americano. No entanto quando o contrato com a Washburn terminou, o guitarrista fez um novo acordo com a Dean, que Elliot Rubinson tinha reavivado entretanto. ‘Dimebag’ morreu três semanas mais tarde, aos 38 anos de idade. No processo agora interposto, Rita Haney chama ao actual CEO da Dean Guitars Evan Rubinson, o filho do falecido Elliot Rubinson, “incrivelmente desrespeitoso e muitas vezes beligerante para com o legado de Abbott“. Segundo a antiga namorada do guitarrista, “Evan agiu sem consideração pelo sucesso que Abbott trouxe à empresa do seu pai, e que acabou por contribuir para a sua herança“, lê-se na queixa. A queixa acusa a Dean Guitars de violar o seu acordo de endorsement na medida em que “nunca pagou a quantia contratada por cada fotografia de capa completa que foi impressa com Abbott a tocar com uma Dean Guitars, com o logótipo da marca e/ou marca registada em destaque; não forneceu os modelos importados e nacionais para cada linha de guitarras Abbott produzidas pela Dean Guitars, e outras guitarras para uso pessoal e promocional; fraudulentamente, sem o conhecimento de Abbott, registou a marca para o desenho de guitarras Razorback, propriedade exclusiva de Abbott; transferiu a marca registada Razorback, que era propriedade exclusiva de Abbott, para terceiros sem o conhecimento de Abbott; adquiriu a marca registada para o desenho da guitarra conhecida como Dime3 no seu próprio nome, sem o conhecimento de Abbott e sem reconhecer Abbott como co-proprietário“.