O mundo chora a perda do Príncipe das Trevas, mas celebra o legado de uma lenda que redefiniu o rock. Metallica, Elton John, Judas Priest e muitos mais prestam homenagem a OZZY OSBOURNE.
O desaparecimento de Ozzy Osbourne aos 76 anos mergulhou o universo da música rock (e não só) numa onda de comoção e de gratidão. Conhecido como o incontestável Príncipe das Trevas, o cantor que revolucionou o heavy metal com os BLACK SABBATH e construiu uma carreira a solo de sucesso estrondoso, partiu deixando para trás um legado que transcende géneros, gerações e fronteiras.
Ao longo das últimas horas, as redes sociais transformaram-se numa homenagem global, com músicos de diferentes estilos, dos gigantes do metal aos ícones da pop a partilharem palavras emocionadas para honrar uma das figuras mais queridas e influentes da história da música. Dos gigantes METALLICA a Elton John, passando por JUDAS PRIEST, DEF LEPPARD, SLIPKNOT, YUNGBLUD e Taylor Momsen, continuam a suceder-se os testemunhos, unificados por um profundo respeito por um homem que viveu e morreu ao serviço da música.
“Nunca nos deixarás – a tua música é eterna”, lê-se na conta oficial dos METALLICA, numa das primeiras mensagens a surgir após o anúncio da morte de Ozzy. A banda norte-americana, que acompanhou de perto várias fases da carreira do cantor britânico, destacou ainda a inspiração que sempre retirou da sua presença em palco e da sua postura autêntica: “Obrigado por abrires o caminho com tanta coragem, humor e loucura. Sentiremos a tua falta todos os dias.”
Os JUDAS PRIEST, parceiros de longa data e compatriotas britânicos, publicaram uma declaração em tom solene: “Perdemos um irmão. O palco britânico está mais escuro hoje, mas o eco do seu grito inicial ainda ressoa em todos nós.” O vocalista Rob Halford, que partilhou inúmeros momentos com Ozzy desde os anos 70, descreveu-o como “o coração pulsante de tudo o que o heavy metal se tornou.”
Mesmo fora da esfera do rock mais pesado, as homenagens não cessam. Elton John, que manteve uma amizade discreta mas próxima com Ozzy, recordou a sua generosidade e sentido de humor: “Por trás da fachada selvagem, havia um homem gentil, profundamente leal e incrivelmente divertido. Uma alma rara. Sinto-me honrado por o ter conhecido.”
Joe Elliott, dos DEF LEPPARD, recordou os primeiros encontros com Ozzy com uma nota de carinho: “Ele sempre teve tempo para conversar. Acolheu-nos, ensinou-nos o que fazer… e o que evitar. Era engraçado, encantador e sou eternamente grato por cada minuto que passei com ele.” O vocalista também se recordou do entusiasmo com que Ozzy Osbourne lhes mostrou um disco dos seus discos a solo ainda por lançar, antecipando com orgulho o seu próximo passo artístico.
A comoção também se fez sentir nas novas gerações. O britânico YUNGBLUD, visivelmente emocionado, escreveu: “Nunca te esquecerei – estarás em cada nota que eu cantar e comigo em cada palco que pisar. A cruz ao meu pescoço é o bem mais precioso que possuo.” O jovem artista recordou um momento íntimo com Ozzy: “Perguntaste-me uma vez se havia algo que podias fazer por mim. Disse-te então – e repito agora – que a tua música foi mais do que suficiente. Levaste-nos contigo na tua aventura – uma aventura que começou tudo.”
Taylor Momsen, dos THE PRETTY RECKLESS, destacou a forma como Ozzy influenciou a sua visão do rock: “Ele era a tempestade perfeita – vulnerável e brutal, terno e demolidor. Perdi um herói, mas o mundo perdeu um ícone eterno.”
A última actuação pública de Ozzy Osbourne aconteceu há apenas algumas semanas, num evento simbólico na sua cidade natal de Birmingham. Apesar dos problemas de saúde que o afastaram dos palcos nos últimos anos, o cantor de 76 anos fez questão de despedir-se da sua terra natal com uma actuação breve, mas comovente, demonstrando mais uma vez a força de ligação que mantinha com as suas raízes e os seus fãs.
Nas redes sociais, anónimos e celebridades repetem uma ideia-chave: a de que Ozzy, mais do que um músico, era um símbolo de resiliência, de transformação e de comunhão. Um homem que sobreviveu a quedas físicas e emocionais, a batalhas com os vícios e a dificuldades inimagináveis, mas que nunca perdeu o dom de criar, de rir e de inspirar.
Hoje, o mundo parece um pouco mais silencioso, mas também mais unido na memória de um artista que, nas palavras de muitos, parecia imortal. Porque, como bem escreveu um fã no X (antigo Twitter): “Ozzy não morreu. Apenas voltou à escuridão de onde veio, e que ele próprio iluminou com a sua música.” O corpo de Ozzy poderá ter desaparecido, mas o espírito que gritou “I am Iron Man“, que chorou em palco, que riu nos bastidores e que nos guiou por décadas de música e loucura, continuará presente em cada riff pesado, em cada grito libertador, em cada palco do mundo.















