OZZY OSBOURNE

OZZY e BLACK SABBATH atingem números de streaming históricos após a morte do cantor

O luto transforma-se em celebração com milhões de ouvintes a redescobrirem o legado de OZZY OSBOURNE e dos BLACK SABBATH.

A morte de Ozzy Osbourne está a gerar uma onda de redescoberta sem precedentes do seu catálogo a solo e do legado monumental dos BLACK SABBATH. Apenas dias após o falecimento do lendário cantor, as plataformas de streaming — com destaque para o Spotify — registaram um crescimento vertiginoso no número de ouvintes e reproduções das principais canções de Ozzy e da banda que ajudou a fundar o heavy metal.

A comoção global, que rapidamente se traduziu numa espécie de culto póstumo digital, mostra que o impacto de Ozzy está longe de se esgotar com a sua partida. Pelo contrário, a sua voz continua a ecoar mais alto do que nunca, e a ser (re)descoberta por uma nova geração de ouvintes. Os números falam por si: Ozzy Osbourne passou de 12,4 milhões para 20,1 milhões de ouvintes mensais no Spotify, um salto de 7,7 milhões em apenas alguns dias. Já os BLACK SABBATH, que antes contavam com 19,8 milhões de ouvintes, somam agora 25,9 milhões, ou seja, mais 6,1 milhões de ouvintes mensais.

No entanto, o fenómeno não se tem apenas a ver com números agregados. Os temas mais icónicos de ambos os catálogos estão a conhecer crescimentos dramáticos em termos de reproduções. No caso da carreira a solo de Ozzy, há três faixas que se destacam particularmente: «Crazy Train» ganhou cerca de 10 milhões de streams, ultrapassando os 811 milhões no total, enquanto «Mama, I’m Coming Home» subiu 8,2 milhões, passando agora os 246 milhões, e «No More Tears» cresceu 9 milhões, atingindo mais de 268 milhões de reproduções.

No universo dos BLACK SABBATH, os clássicos continuam a provar a sua intemporalidade — «Paranoid» registou um acréscimo de 10,3 milhões de streams, somando agora mais de 1,39 mil milhões, a «War Pigs» subiu 6 milhões, alcançando os 386 milhões, e «Iron Man» teve um crescimento de 8 milhões de reproduções, totalizando mais de 589 milhões.

Este fenómeno não é apenas reflexo do pesar ou da curiosidade passageira. Representa uma homenagem contínua e massiva a uma das figuras mais influentes da história da música pesada. O site The Hollywood Reporter foi um dos primeiros a documentar esta tendência logo após o anúncio da morte de Osbourne, mas desde então os números continuaram a crescer, numa curva que não dá sinais de abrandamento.

Feitas as contas, trata-se de um fenómeno cultural e emocional que transcende gerações. Muitos fãs antigos estão a reviver os clássicos que marcaram as suas vidas, enquanto outros, mais jovens, estão a ouvir pela primeira vez a voz e os riffs que definiram o heavy metal nas últimas cinco décadas. No centro de tudo está a influência intocável dos BLACK SABBATH — a banda que mudou para sempre o rumo do rock com afinações mais graves, riffs pesados e atmosferas sombrias — e a figura carismática e complexa de Ozzy Osbourne, cuja presença transcendeu os limites do género para se tornar num ícone cultural.

A carreira de Ozzy também se destacou pela sua generosidade: ao longo da sua vida, estima-se que tenha ajudado a angariar mais de 190 milhões de dólares para instituições de caridade — um dado frequentemente eclipsado pela sua imagem excêntrica, mas que ganha ainda mais peso neste momento de homenagem global. Num mundo musical cada vez mais efémero, é raro assistir-se a uma comoção digital desta magnitude, em que milhões de pessoas recorrem às canções como forma de homenagem, luto e celebração.

A verdade é que, mesmo após a sua morte, Ozzy Osbourne continua a fazer aquilo que sempre fez melhor: unir multidões à volta do som pesado, provocador e autêntico que ajudou a criar. Gone but never forgotten, como se lê em muitas publicações de fãs — e os números provam que essa frase não é um lugar-comum, mas uma realidade vivida diariamente por milhões de ouvintes em todo o mundo.