Waltteri Väyrynen anunciou na passada quinta-feira a sua saída dos PARADISE LOST, embora claramente não esteja desempregado — os suecos OPETH acabam de anunciá-lo como o seu novo baterista a tempo inteiro, ocupando assim o lugar deixado vago por Martin Axenrot, que deixou a banda em 2021. Numa declaração divulgada nas redes sociais, que podes ver na íntegra em baixo, Mikael Åkerfeldt agradece a Sami Karppinen, dos THERION, pela ajuda prestada enquanto andaram à procura de um substituto permanente e revela que Väyrynen irá fazer o seu primeiro espectáculo com a banda em Tallinn, na Estónia, no próximo dia 14 de Setembro. “Tivemos o nosso primeiro ensaio com o Walt ontem e correu incrivelmente bem“, escreveu o frontman dos OPETH. “Estávamos todos muito nervosos antes de começaermos, mas o Waltteri demoliu completamente! Pura entrega! Percorremos 16 canções (!) do princípio ao fim e não tivemos um único comentário a fazer, o que é bastante notável! Fiquei espantado, e o resto da banda também. Ele tem tudo, na verdade. Desde aquela sensibilidade descontraída que um baterista Opeth precisa, passando pelo rock clássico, prog rock, metal e em diante, até à virtuosidade técnica absolutamente intrincada. Além disso, conhece extremamente bem as canções, tanto das versões gravadas como das versões ao vivo, por vezes modificadas. Aliás, temos ouvido padrões e batidas que já não ouvíamos desde que alguns destes temas foram gravados, por isso os fãs podem preparar-se para ser surpreendidos ao vivo. Para dizer isto de forma suave, o Walt tem tudo controlado“.
Recorde-se que, originalmente anunciado para o dia 25 de Outubro de 2021, o regresso dos OPETH ao nosso país foi adiado para 2022 devido à pandemia do novo Coronavírus. A nova data em Portugal está agora apontada para o dia 26 de Novembro, na Sala Tejo da Altice Arena. Os OPETH passaram as últimas três décadas a crescer a todos os níveis, transformando-se num dos nomes mais influentes da sua geração e acumulando um corpo de trabalho que revela uma devoção enorme pelo conceito de progressão estética e um fervoroso desejo de busca pela perfeição. Sinónimo de evolução, são já um dos nomes mais consensuais no espectro em que se movem. Do death metal sueco infundido de romantismo dos primeiros discos, à mistura perfeita de agressividade e melodia de «Still Life» e «Black Waterpark», passando pela criatividade dos registos mais recentes – o último «In Cauda Venenum» foi editado em duas versões, uma cantada em inglês e outra cantada em sueco –, ao longo dos últimos trinta anos, o inimitável Åkerfeldt, estratega e principal compositor do grupo, tem mostrado saber exactamente como remodelar o seu veículo artístico sem sacrificar o espírito criativo e aventureiro que o caracteriza desde a formação em 1990.