O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje, em conferência de imprensa, as medidas aprovadas em Conselho de Ministros para “controlar a pandemia” da COVID-19. No que toca ao acesso a espectáculos, incluindo concertos, a partir da próxima segunda-feira, dia 10 de Janeiro, entram em vigor novas regras: o acesso fica dependente da apresentação de certificado digital, mas — no caso de grandes eventos, eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados — quem não tenha reforço de vacinação há mais de 14 dias passa a ser obrigado também a apresentar um teste negativo. “Salvo decisão da Direção-Geral da Saúde”, a regra aplica-se também a recintos e eventos desportivos. A orientação da DGS referente aos eventos desportivos, culturais ou outros, define como eventos de grande dimensão “aqueles que reúnam ou possam reunir a partir de cinco mil pessoas em local aberto ou de mil pessoas em local fechado”. Esta definição compreende “eventos desportivos, eventos que não tenham lugares marcados, independentemente de se realizarem em recintos de natureza fixa ou não fixa, eventos que impliquem a mobilidade de pessoas por diversos espaços, e eventos que se realizem em recintos provisórios ou improvisados, cobertos ou ao ar livre”. Através da sua conta pessoal no Instagram, Álvaro Covões, director da Everything Is New e dirigente da APEFE (Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Evento), voltou a criticar as actuais restrições ao acesso aos espectáculos, questionando-se se o Governo, os especialistas e a DGS vão recomendar medidas semelhantes para as próximas eleições legislativas, marcadas para o próximo dia 30 de Janeiro.