Mais de três décadas depois, Kirk Hammett desvenda um detalhe curioso sobre a rivalidade entre os NIRVANA e os GUNS N’ ROSES.
Corria o ano de 1992, quando os METALLICA e os GUNS N’ ROSES se juntaram uma das digressões mais famosas (e, sim, mais infelizes) de todos os tempos, mas a rota podia ter sido ainda mais recheada de talento se os NIRVANA tivessem aceite o convite para juntar-se a esses dois gigantes do rock/metal como “banda de abertura”.
Numa entrevista com o NME, o guitarrista Kirk Hammett revelou ter contactado pessoalmente Kurt Cobain para lhe fazer a proposta, que foi imediatamente recusada. Como é do conhecimento geral, o «Nevermind» foi lançado em Setembro de 1991 e, em grande parte graças ao sucesso do single «Smells Like Teen Spirit», acabaria por trepar à posição #1 da Billboard 200 no início de 1992. Ao longo das décadas, os fãs têm indagado o que terá levado Cobain e companhia a recusarem o convite e Hammett parece ter a resposta para essa pergunta.
“Liguei ao Kurt para falarmos sobre a possibilidade dos Nirvana se juntarem à nossa digressão e ele não parava de dizer que pura e simplesmente não gostou daquilo que os Guns N’ Roses representavam“, recordou o guitarrista dos METALLICA.
“Disse-lhe que era uma boa oportunidade para apresentar os Nirvana a outro público e que bastava fazerem o espectáculo deles e pronto. Implorei-lhe para aceitar, mas ele simplesmente não estava disposto a isso. Portanto, está aí a explicação. Teria sido óptimo se os Nirvana tivessem feito parte dessa digressão, mas os Faith No More também foram óptimos“.
Aparentemente, segundo o músico, a relação dos METALLICA com os NIRVANA sempre foi bastante mais amigável. “Quando tocámos em Seattle na digressão do «The Black Album», lembro-me de ter ligado ao Kurt para o convidar para aparecer no espectáculo e de ele me perguntar se íamos tocar a «Whiplash», que era a sua canção preferida dos Metallica“, revelou Hammett.
“O Kurt era fantástico. Tornei-me amigo dele quando o primeiro álbum dos Nirvana foi editado, ainda antes mesmo das pessoas lhe chamarem grunge, e é incrivelmente triste pensar que tudo o que ele queria fazer era tocar guitarra, escrever canções e cantar“.