Como noticiado anteriormente, em Agosto do ano passado Spencer Elden, figura central da capa do clássico «Nevermind», dos NIRVANA, processou a banda e várias das entidades que lhe estão associadas, alegando que a imagem pode ser vista como pornografia infantil. O processo foi posteriormente arquivado, com o aviso de que a equipa de advogados Elden tinha até 13 de Janeiro para reiniciar a acção judicial. O que, de facto, fizeram uns dias antes do prazo. Esse novo processo omitiu a parte sobre a imagem constituir “tráfico sexual”, mas acrescentou que o grupo liderado por Kurt Cobain “comercializou intencionalmente pornografia infantil e se aproveitou da natureza lasciva da imagem para promover o álbum, a banda e também a música dos Nirvana, enquanto ganhava, no mínimo, dezenas de milhões de dólares“. Além disso, os advogados usaram fotografias alternativas de Robert Fisher, o director artístico de «Nevermind», não envolvido no processo, que não contêm nudez, alegando que isso “sugere que a banda tomou uma decisão deliberada de ir numa direcção artística diferente“.
Agora, numa nova entrevista obtida pela Rolling Stone, os advogados dos NIRVANA dizem que, basicamente, já chega disto. “Para o Elden, este é o terceiro ataque — e este caso tem de acabar“, dizem os advogados, acrescentando que o novo processo não adicionou nada de substancialmente novo ou que provasse a reivindicação de Elden. “O tempo está a esgotar-se. Durante os últimos trinta anos, apesar de estar a par do que alegadamente se passava, o Elden decidiu não processar estes arguidos e isso inviabiliza totalmente a sua reivindicação agora. É tão simples quanto isso“. Há uns meses, a equipa legal que representa os NIRVANA já tinha classificado o processo como “pouco sério“, alegando que Elden “passou três décadas a lucrar com a sua celebridade” e argumentando que uma fotografia de um bebé nu não pode ser confundida com pornografia infantil. Nos últimos tempos, Dave Grohl, o mediático ex-baterista do trio, também reagiu ao processo, não dizendo muito mais que “o Elden tem uma tatuagem do «Nevermind»; eu não tenho“.