NERVOSA: Prika Amaral explica a decisão de se tornar vocalista da banda

As razões são muito mais práticas do que se poderia supor à partida.

Depois de um prolongado período de reformulação e incerteza, as thrashers brasileiras NERVOSA vão lançar um novo disco em breve, que será o primeiro a contar com a líder e guitarrista Prika Amaral a acumular também a função de vocalista, Helena Kotina na segunda guitarra, Hel Pyre no baixo e Michaela Naydenova na bateria. Como é óbvio, nos dias que correm, tudo é sujeito a escrutínio das redes sociais e a notícia surpreendente de que seria Prika, que fundou a banda, a ocupar a posição atrás do microfone — um lugar anteriormente ocupado por Fernanda Lira e, mais recentemente, pela espanhola Rocío Vázquez — colocou a base de fãs do grupo em polvorosa.

As razões para tal são, no entanto, muito mais práticas do que se poderia supor à partida. “Foi um grande desafio para mim“, explicou Amaral num desabafo publicado nas suas redes sociais. “Não era algo que tivesse planeado ou que esperasse, mas depois de uma segunda mudança de vocalista, não queria passar por essas mudanças novamente, portanto decidi enfrentar o que muita gente tem dito desde o início das Nervosa — que eu devia ser a vocalista. No entanto, como sempre ouvi de algumas pessoas que não tinha técnica, que a forma como eu cantava me magoava a garganta, deixei-me levar por isso. Agora, depois de estudar técnica vocal nos últimos meses, descobri que sim, sempre tive a técnica e sinto-me à vontade para enfrentar esta nova jornada, de que estou a gostar muito“.

Recorde-se que as thrashers NERVOSA vão lançar o seu quinto álbum de longa-duração, intitulado «Jailbreak», no dia 29 de Setembro através da Napalm Records. Sucedendo o single autónomo «Endless Ambition» com a novidade «Seed Of Death», que já podes escutar em cima, esta semana a banda tratou de oferecer aos fãs um segundo aperitivo para o que está para vir. Começando com uma introdução bem épica, «Seed Of Death» vai-se transformando progressivamente numa descarga impiedosa, que explora liricamente questões sobre o ciclo interminável da vida, “abordando uma questão omnipresente relevante para todos nós“, segundo se lê num comunicado de imprensa.

“Estou muito feliz com o resultado desta música e do nosso novo álbum“, diz Amaral sobre o novo single e o LP que chega em Setembro. “A verdade é que sempre quis fazer uma canção deste género, mas nunca aconteceu por vários motivos. Agora, pude finalmente fazer acontecer algo assim. Além disso, pudemos arriscar ainda mais e fazer coisas bem diferentes. Com duas guitarras, as portas abriram-se para um novo mundo de possibilidades. Não sei se o público ainda se lembra disto, mas no início as NERVOSA tinham duas guitarras e depois, por questões logísticas, decidimos seguir só com uma guitarra porque seria mais fácil viajarmos com uma pessoa a menos nas digressões.”

“Agora temos uma estrutura maior que permitiu esse acréscimo, e estamos a curtir muito este momento da banda”, continua ela. “O processo de composição deste disco foi o mais divertido em muito tempo e trouxe o máximo de musicalidade ao de cima, o que enriqueceu muito o resultado final.” Helena Kotina, por seu lado, acrescenta: “Acho que, tanto a nível musical como lírico, o «Jailbreak» é o disco mais revolucionário de todos os tempos das NERVOSA. Foi um processo muito desafiador, mas, ao mesmo tempo, muito construtivo. Fomos capazes de tratar de cada detalhe até obtermos o melhor resultado.“

Podes conferir a capa e o alinhamento de «Jailbreak» em baixo; as pré-encomendas já estão disponíveis através do site oficial da Napalm Records.