NEGRO MAIS PROFUNDO #11

Há umas semanas, anunciávamos aqui a edição do novo longa-duração dos BARBARIC HORDE, intitulado «Barbaric Hammer Fist». Agora, sabemos que o seu antecessor, «Axe Of Superior Savagery», de 2020, vai ser dispobilizado em cassete, numa edição da Godz ov War. Existirão duas cores, branco e dourado, numa edição de 66 cópias. Também um dos grandes títulos de black nacional do ano passado, «All This Promiscuous Decadence», de FUSTILARIAN, vai ter direito a edição em cassete, ainda sem data marcada, pela Miasma Of Barbarity Records. O mesmo selo que se prepara para colocar cá fora a estreia de VELAR, com o título «Os Anjos Não Velam Os Mortos». Este é um projecto de funeral doom, com elementos dos ABOMINAMENTUM, cujo único título é um lançamento homónimo de 2019.

Entretanto, a Signal Rex colocou cá fora o álbum dos DEGREDO, «A Noite dos Tempos», em formato CD. Praticamente ao mesmo tempo, anunciou o quarto-longa duração dos ARMNATT. «Immortal Nature», assim se denomina o disco do trio algarvio, será editado a 26 de Agosto, em CD, LP e cassete. A faixa «Black Flame» já se pode escutar em avanço. Também a Helldprod Records prepara lançamento de novos títulos, para breve anunciam-se duas cassetes, os VETUS SANGUIS chegarão com «Sangue Velho», e os BLACK MOLD com «The Unnatural Red Glow Of The Night». Ambas as edições serão de 50 cópias e espera-se por mais notícias para divulgar por aqui.

Entretanto J.A., responsável por THUGNOR, levantou um pouco o véu sobre o lançamento digital feito há semanas atrás. “Esta ideia já tem algum tempo e deveu-se ao atraso nas gravações do novo álbum «Ancient Melodies Of Cernunnos» devido a problemas de saúde do Nelson”, explica o músico. “Pensei então em avançar com este EP e falar com a Célia”, como a mesma “se mostrou interessada, a coisa avançou para estes três temas”. Eles foram editados em “digital porque tenho mais quatro temas que gostaria de terminar se aparecer alguma editora interessada em lançar tudo completo em formato físico”. Esta edição acaba por servir mais para “não deixar cair o nome no esquecimento”, ficando a edição física para “lançar tudo o que está alinhavado”. Veterano da cena, J.A. acaba por desabafar que nestes “novos tempos, há muita coisa a acontecer e, se não vais dando sinais de vida, acabas por fazer parte do passado, mas não do presente”. O encontro com Célia Ramos não é inédito, pois anbos já andaram “a colaborar, maioritariamente em Decayed, faz uma carrada de anos… desde 2003 se não estou enganado. Sempre adorei a voz dela e como sabia que ela estava interessada em Thugnor, resolvi falar com ela mais uma vez para ver se podia fazer os dois temas”.

Neste caso foi uma questão de enviar “os temas e as letras” e como “ela gostou, e depois foi encontrar tempo para gravar os temas. Ficaram muito bem a meu ver e trazem outro lado para a historia de Thugnor”. Sendo um músico tão activo, não se estranha que J.A. acabe a revelar que estão “a gravar o novo álbum de Death Feast”. São “oito temas que são um pouco diferentes, tanto do primeiro álbum, como do segundo. Não me quis estar a repetir e compus umas músicas um pouco diferentes, mas ainda na onda death thrash dos primeiros. E… é suposto sair o novo de Decayed lá para o fim do ano, que já está gravado, só faltam fazer os masters”. Tocar no assunto DECAYED remete para o baterista e concertos ao vivo. “Decayed não tem ensaios desde Fevereiro de 2020. Ainda não temos baterista, mas pude contar mais uma vez com o Tormentor (dos Asphyx) para gravar a bateria do novo álbum «The Tower Of Skulls». Trouxe uma sonoridade completamente diferente. Este álbum mostra o nosso lado mais negro, não é tão ‘bonito’ como o anterior, nas músicas… e no som. Estou a pensar voltar a programar a caixa de ritmos para se poder começar a ensaiar regularmente. Não é a situação ideal… mas é a necessária, tal como em 1995”.