A nova canção foi originalmente revelada ao vivo num concerto íntimista e confirma o regresso dos MUSE à teatralidade épica que os tornou famosos em primeira instância.
Após quatro anos de silêncio discográfico, os MUSE estão de volta com um novo single, «Unravelling», um tema que reafirma o gosto da banda pelas grandes dramatizações sonoras e pelo cruzamento de géneros. A canção marca o primeiro lançamento desde o álbum de 2022, «Will Of The People», e já se encontra disponível nas plataformas digitais, acompanhado de um lyric vídeo que reflete o seu espírito grandioso e cinematográfico.
A antecipação para este regresso ganhou forma no início de Junho, quando a banda começou a partilhar uma série de teasers crípticos nas redes sociais, que fizeram aumentar a especulação entre os fãs atentos. A confirmação chegou com uma apresentação surpresa ao vivo na House Of Culture, em Helsínquia, para um um concerto de ambiente intimista no qual a nova canção foi estreada. Poucos dias depois, os MUSE voltariam a tocar «Unravelling» durante o seu concerto como cabeças de cartaz no Rockfest, também na Finlândia, perante uma multidão entusiástica.
Musicalmente, o novo tema recupera as fórmulas já familiares do trio britânico, mas dá-lhes uma roupagem mais densa e angular. Um início marcado por sintetizadores em ebulição abre caminho para uma secção dissonante e tensa, conduzida por um riff de guitarra explosivo de Matt Bellamy, culminando num refrão épico e memorável — fiel à tradição maximalista dos MUSE. A produção ficou a cargo de Dan Lancaster, nomeado para os Grammy, que além de estar por trás da consola, também integra agora a formação ao vivo da banda como teclista e guitarrista adicional.
A letra de «Unravelling», ainda que não tenha sido oficialmente explicada pela banda, parece tocar em temas de fragmentação, dúvida interior e reconstrução — tópicos que os MUSE têm abordado com frequência ao longo da sua discografia. A canção assume-se assim como uma peça que prolonga o legado conceptual do grupo, inserindo-se na sua linhagem de faixas que combinam grandeza melódica com ansiedade existencial.
Com este lançamento, os MUSE inauguram outra fase da sua carreira, que poderá culminar num novo álbum — embora ainda não tenham sido confirmados planos concretos para isso. Por agora, o foco está na estrada: o trio encontra-se em digressão de Verão pela Europa, numa rota que prossegue até ao final de agosto e passará por alguns dos maiores festivais europeus, e entre os quais está incluído o luso NOS Alive.
Recorde-se que foi preciso um volte-face para o NOS Alive ganhar um novo fôlego no seu dia final. O inesperado cancelamento da actuação dos KINGS OF LEON, após o cancelamento da digressão europeia dos norte-americanos, deixou um vazio considerável na programação do festival. Mas a organização não tardou a reagir — e fê-lo com estrondo. Os MUSE, uma das maiores bandas de rock do século XXI, estão oficialmente confirmados para subir ao palco a 12 de julho, o último do evento que decorre no Passeio Marítimo de Algés.
A notícia da substituição foi avançada menos de 24 horas após o anúncio do cancelamento da banda dos irmãos e primos Followill, assegurando que a noite de Sábado, outrora em risco de perder algum fulgor, mantenha o peso do espectáculo que se exige a um dos palcos mais concorridos do Verão português. Com este regresso a solo nacional, os MUSE juntam-se a um cartaz que, no mesmo dia, já incluía nomes como NINE INCH NAILS e JET.
O festival de Algés realiza-se entre 10 e 12 de Julho e conta com a presença de nomes como NINE INCH NAILS, JUSTICE, ST. VINCENT ou JET, entre muitos outros. A inclusão dos MUSE no cartaz não só garante uma reposição competente para o lugar deixado vago pelos KINGS OF LEON, como poderá muito bem significar um dos momentos mais aguardados da edição deste ano. Para os fãs, é uma oportunidade de reverem uma banda que continua a reinventar-se sem perder o ADN que a tornou num fenómeno global.
