O mais bem-sucedido álbum dos MÖTLEY CRÜE celebra hoje o seu 35.º aniversário.
Editado originalmente a 1 de Setembro de 1989 pela Elektra Records, o quinto álbum dos MÖTLEY CRÜE chegou aos escaparates há 35 anos. Já com cinco álbuns no seu fundo de catálogo, a banda de Los Angeles estava obcecada, e não pedia desculpas por isso, com a criação do tipo de hard rock pegajoso que definiria o hair metal outrora popular na MTV e que, este ano, se fez ouvir pela primeira vez ao vivo no nosso país.
Com o «Dr. Feelgood», um álbum carregado de uma energia aparentemente inesgotável e repleto de ganchos de tamanho gigante, não só conquistaram as tabelas de vendas como se transformaram de uma vez por todas numa banda de estádio ao estilo dos Aeromith; cujo vocalista, o inimitável Steven Tyler, até contribuiu para dois dos temas no alinhamento, «Sticky Sweet» e «Slice Of Your Pie». ”O Nikki, o Tommy e eu saíamos muito naquela altura. E é claro que, tendo em conta o tempo que passámos a beber e a drogarmo-nos, somos todos muito parecidos”, disse o cantor do grupo de Boston num conversa com a Rolling Stone.
Curiosamente, o baixista Nikki Sixx criou a maior parte das canções para o álbum depois de passar uma temporada em reabilitação e tanto o tema-título como «Kickstart My Heart» (que escreveu após sobreviver miraculosamente a uma overdose) são exemplos perfeitos de um artista a compor sobre o que sabe realmente.
Com «Slice Of Your Pie» e «She Goes Down» a garantirem a vertente mais debochada dos músicos, estavam aqui reunidos todos os ingredientes que tornaram os MÖTLEY CRÜE famosos nos anos anteriores. No entanto, o «Dr. Feelgood» não é apenas uma receita de testosterona para uma festa descontrolada; na verdade, acaba por ser exactamente o oposto e inclui o material mais focado que a banda alguma vez gravou.
Produzido por Bob Rock, o «Dr. Feelgood» afirmou-se desde logo como o mais bem sucedido lançamento da banda de Los Angeles, chegando ao #1 da tabela Billboard e vendendo mais de seis milhões de cópias só nos Estados Unidos, atingindo também a marca de ouro no Reino Unido. Reza a lenda que foi o som deste disco que inspirou Lars Ulrich a contactar Rock para as gravações do icónico «Black Album», que marcou uma viragem drástica no percurso dos METALLICA.