O mais bem-sucedido álbum dos MÖTLEY CRÜE celebra hoje o seu 36.º aniversário.
Editado originalmente a 1 de Setembro de 1989 pela Elektra Records, o quinto álbum dos MÖTLEY CRÜE chegou aos escaparates há 36 anos. Já com cinco álbuns no seu fundo de catálogo, a banda de Los Angeles estava obcecada, e não pedia desculpas por isso, com a criação do tipo de hard rock pegajoso que definiria o hair metal outrora popular na MTV e que, este ano, se fez ouvir pela primeira vez ao vivo no nosso país.
Com o «Dr. Feelgood», um álbum carregado de uma energia aparentemente inesgotável e repleto de ganchos de tamanho gigante, os MÖTLEY CRÜE não só conquistaram as tabelas de vendas como se transformaram de uma vez por todas numa banda de estádio ao estilo dos Aeromith; cujo vocalista, o inimitável Steven Tyler, até contribuiu para dois dos temas no alinhamento, «Sticky Sweet» e «Slice Of Your Pie».
”O Nikki, o Tommy e eu saíamos muito naquela altura. E é claro que, tendo em conta o tempo que passámos a beber e a drogarmo-nos, somos todos muito parecidos”, disse o cantor do grupo de Boston num conversa com a Rolling Stone.
Curiosamente, o baixista Nikki Sixx criou a maior parte das canções para o álbum após passar uma temporada em reabilitação e tanto o tema-título como «Kickstart My Heart» (que escreveu depois de sobreviver miraculosamente a uma overdose) são exemplos perfeitos de um artista a compor sobre o que sabe realmente.
Com «Slice Of Your Pie» e «She Goes Down» a garantirem a vertente mais debochada dos músicos, estavam aqui reunidos todos os ingredientes que tornaram os MÖTLEY CRÜE famosos nos anos anteriores. No entanto, o «Dr. Feelgood» não é apenas uma receita de testosterona para uma festa descontrolada; na verdade, acaba por ser exactamente o oposto e inclui o material mais focado que a banda alguma vez gravou.
Produzido por Bob Rock, o «Dr. Feelgood» afirmou-se desde logo como o mais bem sucedido lançamento da banda de Los Angeles, chegando ao #1 da tabela Billboard e vendendo mais de seis milhões de cópias só nos Estados Unidos, atingindo também a marca de ouro no Reino Unido. Reza a lenda que foi o som deste disco que inspirou Lars Ulrich a contactar Rock para as gravações do icónico «Black Album», que marcou uma viragem drástica no percurso dos METALLICA.
















