Com um feroz e eclético cartaz composto totalmente por bandas nacionais, a 12.ª edição do MOSHER FEST acontece a 2 de Novembro na Sala 8, em Coimbra.
Nos anos mais recentes, o Mosher Fest realizou-se na DRAC – Direito de Resposta Associação Cultural, na Figueira da Foz. Uma das mais significativas novidades é que, em 2024, o festival regressa a Coimbra, mais concretamente à renovada Sala 8. Quanto ao carácter eclético do cartaz, essa é uma boa velha notícia. No Mosher Fest XII vão estar os YAATANA, VECTIS, NAGASAKI SUNRISE, EQUALEFT, TOXIKULL, DEVIL IN ME e, para o seu último concerto, os TALES FOR THE UNSPOKEN.
Este é, portanto, um cartaz 100% nacional e recheado de bandas famintas de palco, começando pelos YAATANA. «Anti-Control», o EP de estreia do grupo, foi editado a 23 de Agosto, pela Gruesome Records. Aproximado ao hindu “yatana”, que refere uma dor ou sofrimento atroz, o crossover desta jovem banda portuense é um regalo para fãs de bandas como Warbringer, Anthrax, W.C. Noise, Sepultura ou Kreator e, apesar dos poucos concertos nas costas, o Mosher Fest não poderia abrir melhor.
Para os VECTIS tudo “começou por volta de Novembro de 2018, quando eu e o Gustavo nos decidimos juntar e fazer um pouco de barulho a ver o que podia sair dali», explica Zé, aka Hellkrätus, baterista do grupo. No EP «No Mercy For The Weak» vomitam “black thrash sujo, aliado à velocidade de uma guitarra sempre a varrer com os solos desumanos“. Sodom, Venom, Bathory, Nifelheim, Desaster, Cruel Force e Nocturnal são referências. Esta talvez seja a banda que prova mais a “elasticidade” estética deste Mosher Fest.
Se os NAGAZAKI SUNRISE deixaram uma tremenda impressão no seu EP «Turn On The Power», de 2020, no álbum «Distalgia», no ano seguinte, elevara a sua música ao estatuto de potência nuclear. Velocidade intransigente, leads melódicos de inspiração assinalável e shred. Em Novembro de 2024 chega o novo álbum, «Apocalypse Now!», onde todos os traços sónicos estão quintuplicados. Fica o aviso: levem os vossos coletes à prova de riffs para o Mosher Fest.
Formados em 2004, os EQUALEFT passaram a primeira década a aprimorar a sua desafiante fusão de death, thrash tech e groove metal. Sem lançamentos em catadupa e concentrando-se na sua solidificação enquanto grupo, redimensionaram-se, ganhando coesão e calo ao vivo. Depois vieram os primeiros registos: uma demo em 2008 e o EP «The Truth Vnravels», de 2010. Estavam prontos para se estrear nos álbuns. E se a ambição da banda produziu malhões memoráveis em «Adapt & Survive», de 2014, a competência técnica dos músicos atingiu um zénite em «We Defy», de 2019. Editado apenas há umas semanas, o novo álbum «Momentum» condensa de forma sublime a evolução da banda após 20 anos de carreira., como deverá verificar-se no Mosher Fest.
Nascidos e criados em Lisboa, sob a luz do sul da Europa, os demolidores TOXIKULL deram os primeiros passos em 2016 e nunca mais pararam: um tumulto vindo do Atlântico, pronto para tomar o mundo de assalto. Com dois LPs, um EP e uma colecção de singles, repleta de incríveis colaborações com músicos de bandas como Skull Fist e Crystal Viper, os atrevidos e destemidos jovens conquistaram o seu lugar no underground europeu do heavy metal. Depois do speed metal intenso de «Cursed And Punished», de 2019, mudaram o seu rumo com «Under The Southern Light» e prometem ser um dos destaques deste Mosher Fest.
Nome obrigatório na cena hardcore nacional, os DEVIL IN ME saíram da pandemia em grande estilo. A banda começou por realizar três datas em Portugal, que precederam a edição de um novo álbum. «On The Grind» foi lançado em Janeiro 2022, através da editora alemã Dead Serious Records, e já contou com o novo guitarrista João Brito. Depois da sua edição, a banda embarcou numa digressão pela Europa e pelo Reino Unido, junto dos Comeback Kid e Be Well. As datas em Portugal vão sendo escolhidas a dedo, como esta no Mosher Fest.
A fechar esta edição de Mosher Fest, sobem ao palco os TALES FOR THE UNSPOKEN, que vão assinar aqui o seu derradeiro comcerto. “Após incríveis uns 17 anos de jornada feitos hoje, chegou o momento de fechar um capítulo importante nas nossas vidas. Decidimos encerrar esta bela e emocionante aventura, que foi os Tales For The Unspoken. Foi uma jornada repleta de altos e baixos, mas, acima de tudo, foi uma jornada marcada por momentos inesquecíveis.“, escreveram os músicos. Depois do EP de estreia «Tales For The Unspoken», de 2008, e dos álbuns «Alchemy» e «CO2», em 2011 e 2015, a banda despede-se na sua casa, Coimbra, no Mosher Fest XII. Haverá bilhetes à porta (a valer 20 paus), sendo que também podem ser comprados online, no site oficial do Mosher Fest / Mosher Clothing.