No mesmo dia em que os MOONSPELL celebraram um primeiro lugar na tabela de vendas nacional, foi publicada uma entrevista de Fernando Ribeiro para o site norte-americano Metal Injection. Na longa conversa, o vocalista abordou não só o novo disco, «Hermitage», como um pouco da história da banda, a mudança de baterista e até a sua relação com o público nacional. O músico refere a editora, Alma Mater Records, como uma forma de “fazer material realmente interessante e poder investir nele”. Assumindo a editora como “para coleccionadores“, avisa “não querer fazer restock”, assegurando assim que as suas edições permanecem limitadas ao mesmo tempo que procura “fazer algo que as pessoas possam comprar”, aludindo aos baixos preços do produto.
Menos consensual será o momento em que Fernando Ribeiro se refere ao que a Metal Injection refere como a “relação de amor/ódio com os metaleiros portugueses”. O vocalista refere que, em lugar de “seguirem os passos de quando «Wolfheart» estava à porta da cena de metal europeia, muitas bandas apenas viam a cena portuguesa e atacavam a banda, parando mesmo” de falar com os MOONSPELL. O vocalista afirma que tal ódio ainda se manifesta hoje em dia, mesmo que tendo “já ganho o amor e respeito do público e de alguns pares, ainda está tudo dividido ao meio”. Explica mesmo que “metade das pessoas amam os Moonspell, e muita outra gente, odeia, em particular bandas e músicos”. O músico afirma “poder viver com isso”, não demonstrando rancor, embora não deixe de recordar quando foi criada uma página na internet a gozar com o nascimento do seu filho. Apesar disso, refere, “muitos anos depois, somos a autoridade, a figura que eles querem negar.”