A revista norte-americana MODERN DRUMMER realizou recentemente uma votação popular para perceber quem são os melhores bateristas do mundo e Eloy Casagrande, o actual baterista dos SEPULTURA, foi eleito como “o melhor do mundo” no que ao metal diz respeito. No campo do rock, a posição foi ocupada por Chad Smith, dos RED HOT CHILI PEPPERS. Noutras categorias, a votação que consagrou Eloy e Smith elegeu ainda nomes como Questlove (hip hop), Steve Jordan (R&B/funk), Chad Gamble (country/americana), Brian Blade (jazz), Antonio Sanchez (fusão), Sarah Jones (pop), Chad Smith (rock) ou Horacio Hernandez (world/percussão). Entretanto, Casagrande usou as suas redes sociais para comemorar a conquista com um texto bastante empolgado, onde se explica que esta “é uma daquelas coisas inalcançáveis que a gente não imagina para a vida“. O músico brasileiro explica ainda que cresceu “a ler esta revista, era o nosso único meio de informação. Lia ferozmente todas aquelas entrevistas, nas quais aprendi uma infinidade de coisas.” Podes ler o comunicado do músico, na íntegra, em baixo.
Os SEPULTURA vão editar um novo álbum de colaborações, intitulado «SepulQuarta» no próximo dia 13 de Agosto através da Nuclear Blast. Enquanto a pandemia paralisou o mundo inteiro e impediu as bandas de andarem em tour, os músicos brasileiros recusaram-se a agir como animais presos numa jaula. Vai daí, os pioneiros do thrash metal de Belo Horizonte aproveitaram seu inesperado tempo livre para iniciarem um projecto que os manteve ocupados durante todo o ano de 2020: uma série de transmissões semanais online que mostraram o quarteto a colaborar com uma série de músicos convidados em versões de temas do seu fundo de catálogo. “Esta ideia nasceu bem no início da pandemia quando tudo estava parado“, recorda o guitarrista, actual timoneiro do projecto, Andreas Kisser. “Na altura tínhamos acabado de lançar um novo álbum, mas não podíamos ir em digressão promovê-lo. Portanto, criámos estes eventos semanais para podermos conversar com nossos fãs ao redor do mundo, tocar alguns dos nossos temas e trocar algumas ideias. Foi uma explosão de criatividade! As ‘SepulQuarta’ mantiveram-nos vivos e fortes num dos tempos mais difíceis da história humana.“
Como é lógico, os SEPULTURA não eram os únicos músicos a sentir-se assim, por isso entraram em contacto com amigos e colegas de todo o mundo e pediram-lhes não apenas fizessem parte de seu podcast semanal, mas que colaborassem na (re)interpretação de um tema do seu repertório. Da segurança das suas casas, músicos tão famosos como Devin Townsend, Scott Ian (dos ANTHRAX), Danko Jones, Matt Heafy (dos TRIVIUM) e muitos outros gravaram temas dos SEPULTURA com Kisser, Derrick Green, Paulo Jr e Eloy Casagrande. Esses temas foram posteriormente misturados e masterizados por Conrado Ruther para lançamento em CD, vinil-duplo e formato digital disponível em todas as plataformas de streaming. A pré-encomenda do formato físico já está disponível aqui, o alinhamento e a capa do disco, da autoria de Eduardo Recife, podem ser vistos em baixo.
Recorde-se que, este ano, a banda brasileira tem agendado um muitíssimo aguardado regresso a Portugal. O quarteto formado por Andreas Kisser, Derrick Green, Paulo Jr. e Eloy Casagrande vão actuar, desta vez em nome próprio, no dia 18 de Novembro, no Hard Club, no Porto. Como “suporte”, os brasileiros trazem consigo dois nomes de respeito, que suscitam reverência: SACRED REICH e CROWBAR. Oriundos do Phoenix, no Arizona, os SACRED REICH têm estatuto de culto entre os pilares do thrash metal e, durante os 80s, lançaram uma sequência de discos intocáveis, alguns dos quais – como «Ignorance» ou «The American Way» – ficarem marcados para sempre na memória de quem gosta de thrash com uma mensagem sócio-política. Em 2019, depois de mais de duas décadas de silêncio editorial, voltaram finalmente à carga com «Awakening» e uma atitude renovada. Os CROWBAR, por seu lado, são dos mais ilustres representantes da música pesada feita em New Orleans e um expoente máximo dos blues bastardos, injetados de peso metal e energia hardcore.