Os gigantes METALLICA no seu mais recente périplo mundial. Os temas de «72 Seasons» pela primeira vez ao vivo, os clássicos e muitas raridades, numa rota em que os alinhamentos não se repetem.
Mestres que são na nobre arte de se manterem sempre nos cabeçalhos, os METALLICA têm aproveitado o melhor que podem as ferramentas que têm à sua disposição para se manterem relevantes. À semelhança do que se passou com as últimas digressões que têm feito, a equipa da banda anda a documentar a gigantesca ‘M72 World Tour’ através de uma série de vídeos das actuações captados profissionalmente, que estão todos compilados em baixo.
A jornada, que teve a sua noite inaugural no final de Abril, em Amesterdão, vai levar a banda pelo mundo a tocar duas noites em todas as cidades que visita e, cada um destes “No Repeat Weekend”, apresenta dois alinhamentos totalmente diferentes, sem repetição de temas — “os METALLICA prometem a todos os fãs que comprarem um bilhete de dois dias que não vão ver a mesma música duas vezes, num total de mais de trinta canções dos mais de 40 anos de carreira da do grupo“, podia ler-se num comunicado quando a digressão foi originalmente anunciada.
Como o prometido é devido é isso que têm andado a fazer, como documentam os vídeos em baixo, captados nos “No Repeat Weekend’ já realizados até ao momento. A saber; Montreal, no Canadá, Arlington, Nova Jérsia, Los Angeles, Phoenix, Indio, St. Louis e Detroit nos Estados Unidos, Gotemburgo, na Suécia, Castle Donington, no Reino Unido, Hamburgo, Paris e ainda em Amesterdão, onde a banda assinou dois espectáculos que provocaram falatório.
No dia 27 de Abril, os METALLICA a rota em apoio ao seu mais recente disco de estúdio, «72 Seasons», numa jornada que vai estender-se durante os próximos dois anos. Na Johan Cruijff Arena em Amesterdão, com os Architects e Mammoth WVH como bandas de “suporte” a noite dos headliners, claro. O quarteto abriu a actuação com uma escolha um tanto ou quanto improvável, a épica instrumental «Orion», do «Master Of Puppets», que não servia como abertura de set desde 2011. A partir daí, lançaram-se uma lista de êxitos, temas pouco tocados e novas canções, incluindo as estreias ao vivo de «Screaming Suicide» e de «Sleepwalk My Life Away», de «72 Seasons».
Com o seu “novo e arrojado design de palco“, que traz de volta para o centro das atenções o famoso ‘Snake Pit’, os músicos voaram até Paris no fim-de-semana seguinte. A 17 de Maio, fizeram a primeira das duas actuações agendadas no Stade de France, e apresentaram um alinhamento com variações em relação à noite de abertura da rota.
Sendo que estão apostados em fazer dois espectáculos em cada cidade sem repetir temas, nesta ocasião presenteou os fãs com mais duas estreias ao vivo e surpresas sequenciais. Para começar, escolheram a «For Whom The Bell Tolls» para abrir o concerto pela primeira vez desde 2016, com o tema a trocar de lugar com a «Orion», que abriu em Amesterdão. E, à semelhança da noite de abertura desta rota europeia, a banda inclinou-se na direcção de «Lux Aeterna», «Screaming Suicide» e «Sleepwalk My Life Away» como representação do novo «72 Seasons».
A grande mudança da noite veio na forma de dois clássicos épicos, tocados pela primeira vez nesta tour: «Blackened» e «I Disappear». Em Hamburgo, “sacaram da cartola” a «Until She Sleeps», mesmo a tempo do aniversário do «Load», e estiveram num lugar onde já foram tão felizes, Castle Donington. Desta vez, consta que o espectáculo se conseguia ouvir a 24 quilómetros do local onde se realiza o Download Festival.
A 14 de Junho, os METALLICA lançaram um EP de quatro temas, intitulado «The Amsterdam Sessions (Amazon Music Presents)», exclusivamente através da Amazon Music. O alinhamento desta edição só para fãs é composto por versões ao vivo (num estúdio) de «Master Of Puppets», «Lux Æterna», «If Darkness Had A Son» e «Nothing Else Matters».
Dois destes temas, «If Darkness Had A Son» e «Lux Æterna», fazem parte do mais recente álbum de estúdio da banda, «72 Seasons», que vendeu 146.000 unidades só nos Estados Unidos durante a sua primeira semana de lançamento, alcançando a segunda posição na Billboard 200. O disco marcou a 12.ª entrada dos músicos no Top 10 da tabela de vendas norte-americana e teve a melhor semana para qualquer álbum de rock ou hard rock desde que «Fear Inoculum», dos TOOL, foi editado em Setembro de 2019.