“Já não tenho nada a provar”, diz o baterista dos METALLICA, que celebra hoje o seu 60.º aniversário.
Lars Ulrich, dos METALLICA, diz que já não se sente incomodado com as críticas constantes em relação à forma como toca bateria. Em conversa com Steffan Chirazi, da revista So What!, que é enviada periodicamente para os membros do fãs clube do grupo, o músico nascido na Dinamarca disse: “Ao contrário do que se passava há alguns anos atrás, basicamente não leio as entrevistas que os outros tipos [dos Metallica] fazem. Há 20 ou 30 anos, todos estaríamos sentados a ler cada página da Kerrang! e da Circus, interessados em ver o que alguém disse sobre aquilo, em ver o que os outros membros da banda diziam à imprensa, o que James dizia sobre isto e aquilo.
Actualmente, nem leio o que as pessoas dizem acerca dos Metallica. Ocasionalmente, talvez uma vez a cada seis meses ou algo assim, é sempre divertido ver os comentários dos trolls, nem que seja apenas por causa do ridículo de tudo isso, mas já não é algo que faça regularmente“-
“Há 20 anos, ficaria chocado se alguém dissesse algo ruim ou fizesse um qualquer comentários mais desagradável“, revela Lars. “Agora, nada disso significa realmente algo para mim. Estou literalmente imune a isso. Acabámos de fazer um monte de entrevistas e, às vezes, quando estou a ser entrevistado por um jornalista que também é fã, já aconteceu dizerem que me defendem quando as pessoas dizem que o Lars Ulrich é um baterista de merda.
E isso é fixe, mas 20 anos depois, 30 anos depois, simplesmente não me interessa. Estou tão confortável com quem sou, estou tão confortável com quem os Metallica são, estou tão confortável com o nosso lugar em tudo isto. Tenho uma esposa incrível, três filhos ótimos, o meu pai e a Molly, amigos incríveis. É tudo bom. Já não tenho nada a provar, por isso já nem ligo.“
A mais recente digressão mundial dos METALLICA, apelidada M72 World Tour, teve a sua noite inaugural no final de Abril deste ano, na cidade de Amesterdão, e tem levado a banda pelo mundo a tocar duas noites em todas as cidades que visita. Cada um dos denominados ‘No Repeat Weekend’ apresenta dois alinhamentos totalmente diferentes, sem repetição de temas — “os METALLICA prometem a todos os fãs que comprarem um bilhete de dois dias que não vão ver a mesma música duas vezes, num total de mais de trinta canções dos mais de 40 anos de carreira do grupo“, podia ler-se num comunicado quando a digressão foi originalmente anunciada.
Como o prometido é devido, é isso que têm andado a fazer (caso restem dúvidas, podes ver estes vídeos, captados nos ‘No Repeat Weekend’ já realizados até ao momento). A saber; Montreal, no Canadá, Arlington, Nova Jérsia, Los Angeles e Phoenix nos Estados Unidos, Gotemburgo, na Suécia, Castle Donington, no Reino Unido, Hamburgo, Paris e ainda em Amesterdão, onde os METALLICA assinaram dois concertos que provocaram falatório.
No dia 27 de Abril, os METALLICA deram início à rota de apoio ao seu mais recente álbum, «72 Seasons», numa jornada que vai estender-se também durante o próximo ano. Na Johan Cruijff Arena em Amesterdão, com os Architects e Mammoth WVH como bandas de “suporte”, a noite foi dos headliners, claro. O quarteto abriu a actuação com uma escolha um tanto ou quanto improvável, a instrumental «Orion», do «Master Of Puppets», que não servia como abertura de set desde 2011. A partir desse momento, lançaram-se uma lista de êxitos, temas pouco tocados e novas canções, incluindo as estreias ao vivo de «Screaming Suicide» e de «Sleepwalk My Life Away», de «72 Seasons».
Com o seu “novo e arrojado design de palco“, que traz de volta para o centro das atenções o famoso ‘Snake Pit’, os músicos voaram até Paris no fim-de-semana seguinte. A 17 de Maio, fizeram a primeira das duas actuações agendadas no Stade de France, e apresentaram um alinhamento com variações em relação à noite de abertura da rota.