James Hetfield, o vocalista e guitarrista dos METALLICA, participou na última edição do podcast ‘The Fierce Life’ e, durante a conversa, que pode ser ouvida na íntegra no player em cima, partilhou algumas opiniões sobre o actual processo de vacinação contra a COVID-19. O músico norte-americano diz estar “um pouco céptico” em relação ao agente imunizante e posiciona-se contra a ideia de um “passaporte de vacinação“, num momento em que entidades em todo o mundo estão a pressionar as autoridades para que sejam solicitados certificados de vacinação para, entre outras actividades, permitir que pessoas transitem entre países. Hetfield abordou o assunto após ser questionado em relação ao regresso da sua banda aos concertos. “Não depende de mim. Depende da segurança de todos — não só dos nossos fãs, mas da nossa equipa e de nós mesmos“, começou por dizer o músico. “Não tenho certeza do que isso significa em relação ao futuro. Neste momento estou um pouco céptico em relação a tomar a vacina. No entanto, parece que está as coisas estão a acontecer e tenho vários amigos que já a tomaram.“
De seguida, James admitiu não considerar o “passaporte de vacinação” uma boa ideia. “Espero que as coisas não cheguem a um ponto em que vamos todos precisar de ter aquele ‘selo Covid’ no passaporte ou algo desse género para ir a qualquer lugar. Mas se chegar a esse ponto, vou tomar uma decisão“, disse o frontman dos METALLICA. Para explicar seu cepticismo, Hetfield recorreu às suas origens, com base na chamada ciência cristã. Esta vertente religiosa acredita no “regresso ao cristianismo primitivo e ao seu elemento perdido de cura” e estabelece que as doenças não devem ser tratadas pela medicina, mas, sim, apenas com orações. “Nós fomos vacinados para ir a África, portanto não se pode dizer que nunca tenha sido vacinado no passado. No entanto, quando era criança, nunca era vacinado por causa da nossa religião. A única vez em que tomei uma vacina foi quando fomos a África fazer um safári“, comentou. Embora recorra à ciência cristã para apontar a sua relutância em relação à vacina contra Covid-19, a verdade é que, ao longo da sua carreira, Hetfield questionou várias vezes a religião ao longo de sua carreira. O grande ponto de viragem na fé do músico aconteceu quando a sua mãe morreu ainda jovem, em 1979, por recusar-se a receber tratamento contra um cancro. Na época, James tinha 16 anos de idade.