A influente revista norte-americana Rolling Stone incluiu o polémico «St. Anger», dos METALLICA, na sua recém-lançada lista de “50 álbuns genuinamente horríveis gravados por artistas brilhantes”. Lançado em Junho de 2003, o «St. Anger» sucedeu a um turbulento período de dois anos em que o baixista Jason Newsted deixou o grupo, o vocalista James Hetfield passou uma longa temporada em reabilitação e a banda esteve muito perto de separar-se. Embora tenha vendido mais de seis milhões de cópias em todo o mundo, a produção mais crua e lo-fi do álbum, a ausência de solos de guitarra e o som pouco ortodoxo não foram bem recebidos por muitos dos fãs do grupo que, duas décadas depois, continuam a apontá-lo frequentemente como sendo o pior álbum de sempre da banda. Ao explicar a inclusão do disco na lista, a Rolling Stone descreve-o como “profundamente decepcionante” e diz que o som da tarola de Lars Ulrich faz com que pareça que “está a bater numa lata durante todo o álbum“. Andy Greene, o autor do texto, diz ainda que “as canções não têm foco e soam aparentemente inacabadas” e opina que as letras “podiam ter usado um pouco mais de reflexão“. O artigo menciona também o facto dos METALLICA “terem tocado menos temas do «St. Anger» em concerto do que de qualquer outros dos seus álbuns“, o que é uma indicação clara de que estão cientes do estatuto do álbum como sendo um dos mais divisivos entre a sua base de seguidores. É sabido que, de facto, os músicos de São Francisco têm uma opinião pouco favorável em relação ao seu malfadado álbum de 2003. Num concerto em Setembro do ano passado, James Hetfield até gozou gentilmente com o disco, pedindo ao público que desse uma resposta positiva ou negativa à menção do título e, respondendo às vaias, disse em tom de brincadeira: “Ok, vamos tocar mais oito músicas do «St. Anger», OK? Nah, estou a brincar!“. O novo álbum dos METALLICA, «72 Seasons», vai ser lançado no próximo dia 14 de Abril.