“Ele está um pouco mais preocupado com o metrónomo e em acompanhá-lo, o que o faz ser mais sólido”, explica o guitarrista e vocalista dos METALLICA.
Não há como negá-lo: ao longo das décadas Lars Ulrich, o baterista dos METALLICA, transformou-se no saco de pancada favorito de quem procura fazer uma piada rápida (e fácil) sobre bateria. E sim, o músico teve os seus momentos menos conseguidos ao vivo, mas a verdade é que ninguém que saiba o mínimo sobre bateria deveria criticar o homem. Ninguém melhor que James Hetfield para vos explicar porquê.
Numa nova entrevista ao podcast ‘The Metallica Report’, o afável vocalista e guitarrista dos METALLICA falou acerca das performances mais recentes de Ulrich e só teve elogios a tecer quando foi questionado sobre se o baterista anda a fazer “alguns dos melhores concertos dos últimos dez anos, se não dos últimos 20 anos.“
“Diria que, nesta digressão em geral, durante os últimos dois anos, temos trabalhado para isso. Estamos a tocar mesmo muito bem“, começou por dizer Hetfield. “Espero que ele esteja a divertir-se e que não esteja demasiado preocupado com a sua prestação, porque, no passado, acontecia ele permitir que as emoções o dominassem. Agora está um pouco mais preocupado com o metrónomo e em seguir o ritmo, em ser sólido. Mas sim, penso que, como grupo, estamos todos a tocar realmente bem. Estamos muito coesos.
Quanto à forma como ele próprio aborda actualmente os concertos, o frontman dos METALLICA disse: “Isso não me assusta, mas não me importo de fazer asneira. É divertido. Ainda cometemos erros – ou talvez não sejam erros, mas ainda acontecem momentos únicos, e isso é bom. Não queremos, de todo, ser uma máquina super-polida quando estamos em palco… Portanto, independentemente de quanto praticamos, e independentemente de quão bem pensamos que estamos a tocar, ainda acontecem imprevistos“.
Após uma paragem de vários meses, os METALLICA iniciaram mais uma etapa da sua ‘M72 World Tour’ no passado dia 24 de Maio, com uma apresentação encharcada no Olympiastadion, em Munique, na Alemanha. O primeiro dos dois concertos da banda na cidade começou com uma «Whiplash» tão estridente como sempre e contou com um alinhamento que percorreu (quase) toda a carreira do grupo.
Temas de «Kill ‘Em All», como o que serviu de abertura e «Seek & Destroy», foram intercalados com os sucessos que dominaram o mundo, incluindo «Sad But True» e «Nothing Else Matters». Também do LP homónimo de 1991 ouviu-se um tema que ainda não tinha sido tocado nesta digressão: «Of Wolf And Man», que os gigantes do metal/rock tinham tocado pela última vez em 2021.
À semelhança do aconteceu durante a rota de 2023, cada paragem de duas noites desta rota é anunciada como um “no repeat weekend”, o que significa que o público que decidir assistir à segunda actuação em Munique, que decorre já no próximo Domingo, vai ouvir um conjunto de temas totalmente diferentes.