«Hermit» faz parte do novo álbum homónimo dos MEN EATER, que vai ser editado já amanhã, sexta-feira, 8 de Dezembro, através da Ragingplanet.
Como antecipado aqui, os nacionais MEN EATER estão de volta ao activo depois de seis anos de silêncio e, já depois de terem mostrado as estrondosas «Multitude», «Mortice» e «Worshipers», em Dezembro de 2022, Abril e Novembro de 2023, respectivamente, hoje, quinta-feira, 7 de Dezembro, a banda decidiu juntar-se à LOUD! para estrear mais um novo single, intitulado «Hermit», que já podes escutar no player em baixo.
Este tema faz obviamente parte do novo álbum homónimo da banda, que vai ser editado já amanhã, dia 8 de Dezembro, através da Ragingplanet em versão digital. O álbum será posteriormente apresentado ao vivo no dia 25 de Janeiro de 2024, no Lux Frágil, em Lisboa, onde poderá ser adquirido em versão física.
As saudades aqui por este lado já começavam a apertar e, por esta altura, já lá vão doze anos desde que «Gold», o último LP dos MEN EATER, foi editado. Naquele que foi um percurso sempre em crescendo — pontuado pelo lançamento do disco de estreia, «Hellstone», em 2007, e do seu sucessor «Vendaval», em 2009 –, foi com esse terceiro registo que a banda chegou finalmente a um lugar privilegiado há muito merecido, tornando-se mais presente no circuito e tocando para casas cheias por todo o país.
Dois anos depois, sem que nada o fizesse prever, os MEN EATER anunciaram um hiato sem previsão de regresso, mas ainda voltaram ao palco em 2014 para, numa data única com a sua formação original, tocarem o enorme «Hellstone» na íntegra. Dois anos depois, fazem mais duas datas no mesmo formato e, no Starway Club, a sala onde, nos idos de 2007, tocaram os temas do disco de estreia ao vivo pela primeira vez, anunciam então a paragem que, até há uns dias, se pensava ser definitiva.
Fazendo as contas, já se passaram sete anos de silêncio desde a última vez que os MEN EATER pisaram um palco, doze desde a última vez que estiveram em estúdio e quinze desde a edição do marcante «Hellstone». O que terá motivado então este regresso inesperado sete anos após terem-se despedido?
“Cada um dos membros seguiu a sua carreira dentro e fora da música sem nunca perderem o contacto ou a relação que tinham criado desde o início da banda“, lê-se num comunicado assinado colectivamente pela banda. “Em alguns encontros pontuais surgiam sempre conversas de algum saudosismo com a banda. Havia vontade de fazer mais… Um dia, quase como uma daquelas sincronicidades inexplicáveis, o Mike e o B.B. comentaram que o «Hellstone» faria quinze anos e que não haveria melhor motivo para se entrar em estúdio e gravar algo para reviver uma energia tão especial.”
Muito à semelhança do que se passou com a criação do grupo, o plano foi traçado ali, no momento, e os músicos ligaram, “com um sentido de urgência“, ao Carlos Azeitona e ao Pedro “Gaza” Cobrado. “As ideias e a vontade de fazer um disco começaram a ganhar cada vez mais forma, e assim foi!“, recordam eles.
Com a formação base no sítio — Mike na guitarra e voz, B.B. na bateria, Azeitona na guitarra e “Gaza” no baixo — foi já durante a gravação do disco que André Hencleeday, de CANDURA e WELLS VALLEY, passou pelos Blacksheep Studios para uma visita e, “numa pausa entre takes, sentado no piano e de forma terapêutica, a banda decidiu que seria bom ter mais alguém para partilhar o que se estava a criar, alguém que trouxesse algo novo” ao som do grupo. Gravado nos BlackSheep Studios e Santo Studio, por Bruno Xisto e Mike Ghost, misturado por Bruno Xisto e masterizado por Guilherme Gonçalves, «Men Eater» foi produzido pela própria banda em colaboração com Xisto.
Segundo contam, foi assim, de forma muito natural e espontânea, que nasceu o novo, e quarto, registo de originais dos MEN EATER, um álbum que inclui participações de Frankie Chavez, na lap steel guitar, Sara Badalo e André Henriques na voz, com um poema e voz em português. Este registo homónimo é a verdadeira personificação da maturidade e versatilidade de uma banda que não parou de crescer. A atmosfera pesada que sempre os acompanhou mantém-se, tal como a sua assinatura, mas o que podem encontrar neste registo homónimo é um conjunto de músicas tão densas e fortes que poderão deixar o ouvinte sem fôlego.