Em Janeiro de 2019, o Fórum de Inglewood, na Califórnia, foi palco de uma homenagem a Chris Cornell, organizado pela sua viúva Vicky. Uma experiência agridoce, de acordo com Kim Thayil, o guitarrista dos SOUNDGARDEN: “A melhor coisa foi voltar a tocar aquelas canções com Matt [Cameron] e Ben [Shepherd], e a melhor coisa seguinte foi ter os nossos amigos e convidados a juntarem-se a nós. O resto foi um pouco desconfortável. Foi uma espécie de aglomeração. Estava a curar uma ferida aberta, emocionalmente, e ninguém estava assim tão entusiasmado para o fazer“, disse, na altura, em entrevista à  Kerrang!. O músico admitia que todos os companheiros envolvidos “estavam felizes por estarem novamente juntos em  palco“, afinal, “era a família Soundgarden junta, fazendo o que os Soundgarden faziam e honrando e sentindo saudades do nosso amado, membro falecido. Isso foi importante“. O resto, segundo Thayil, não foi assim tão poético. “O resto – a natureza de celebridade, promoção e concentração… Foi uma treta. E nós sabíamos que era uma treta ao entrarmos nela. Fizemo-lo para apoiar o legado do Chris. Havia qualquer coisa de estranho e pouco íntimo nisso. É difícil para mim envolver-me nisso, mas estou feliz por o termos feito pelos nossos amigos e família», concluiu.

Nesse concerto, de quatro horas em que foram tocadas 42 canções, os SOUNDGARDEN tocaram um número selectivo de temas, acompanhados por convidados como os AUDIOSLAVE e TEMPLEOF THE DOG (dos quais Cornell fez parte), METALLICA, FOO FIGHTERS e MELVINS, entre muitos outros. Pois bem, a banda liderada por Buzz Osborne  tocou uma versão de «Spoonman», e se, até aqui, esse era um momento ao qual poucos tinham tido acesso, Buzz e Dale Crover decidiram convidar Matt Cameron, o baterista dos SOUNDGARDEN e PEARL JAM para gravar uma versão de estúdio da malha. A reinterpretação faz parte do alinhamento do recém-editado EP dos MELVINS, «Lord Of The Flies», e foi agora estreada sob a forma de um vídeo-clip oficial. Dispara o player em baixo e vai com calma no volume, para esse coração aguentar o solo de baterias perto do final.

[via ROMA INVERSA]