Dave Mustaine, o líder dos MEGADETH, teve recentemente uma conversa detalhada com a Sweetwater sobre o seu processo de composição, particularmente no que diz respeito ao último álbum da banda, o recém-lançado «The Sick, The Dying… And The Dead». “Gosto sempre de adoptar a minha própria abordagem à escrita e quero que seja tão orgânica quanto possível, para que saiba de imediato qual é a melodia de cada canção”, começou por explicar o músico. “Isso ajuda-me e torna mais fácil saber o que posso cantar sobre as melodias que escrevo na guitarra, porque não sou… Bem, acho que não nasci para cantar. Creio que nasci foi para tocar guitarra, mas não creio que tenha nascido para cantar. E sei que há certamente por aí muitas pessoas que diriam: ‘Sim, estamos de acordo’ [risos]”. Confrontado com o facto do seu timbre ser “imediatamente reconhecível e identificável“, o músico tende a concordar. “Sim, penso que funciona para mim“, disse ele. “O engraçado é que antes de ter tido cancro da garganta, estava a ter muitos problemas com a voz. Depois veio o cancro, fui tratado, fiquei curado, e depois tive de aprender a cantar novamente, o que tem sido bizarro, porque é como aprender a falar novamente.” Podes ver a entrevista na íntegra no player em cima.
O mais recente álbum de estúdio dos MEGADETH foi editado no dia 2 de Agosto de 2022 e, como noticiado, o novo LP das lendas do thrash chegou aos escaparates depois de muitos sustos e tribulações, começando com o frontman Dave Mustaine a ser diagnosticado com um cancro na garganta em 2019. O progresso no processo de composição do álbum foi interrompido para que o músico se submetesse a tratamento, e Mustaine revelaria que estava 100% livre da doença em Fevereiro de 2020. Um mês depois, foi decretada a pandemia global, o que levou a mais atrasos e, eventualmente, o baixista David Ellefson acabaria por ser expulso do grupo depois de um encontro sexual comprometedor se ter tornado público. Mustaine decidiu então substituir as linhas de baixo que já estavam gravadas, com Steve DiGiorgio, dos TESTAMENT, a regravar as faixas em estúdio. Uns meses depois, os MEGADETH acabariam por recrutar James LoMenzo para ocupar o lugar deixado vago por Ellefson. Apesar de tudo, «The Sick, The Dying… And the Dead!» não defradou as expectativas dos fãs, seguindo os bons presságios deixados pelos singles «We’ll Be Back», «Soldier On» e «Night Stalkers», que foram lançados nos meses que antecederam a edição do disco.