Uma janela aberta para as influências sonoras de MAYNARD JAMES KEENAN no período de criação de «Normal Isn’t». O novo disco dos PUSCIFER chega a 6 de Fevereiro de 2026.
O universo criativo dos PUSCIFER acaba de ganhar nova profundidade pública: Maynard James Keenan divulgou uma playlist com 80 temas que serviram de referência directa para o novo LP do trio, «Normal Isn’t», que vai ser editado a 6 de Fevereiro de 2026. A revelação surgiu através da conta oficial do grupo no Instagram, onde cada elemento da banda partilhou a música que teve em rotação constante durante o processo de composição e gravação.
O resultado é um mapa claro — e surpreendentemente diversificado — das forças estéticas que ajudaram a moldar um disco já descrito pelo vocalista como “goth meets punk”. No caso de Maynard, a descrição é mais que certeira e ganha forma imediata. A sua selecção mergulha fundo na essência da década de 80, com um peso evidente de nomes clássicos como THE CURE, BAUHAUS, EINSTÜRZENDE NEUBAUTEN, DEPECHE MODE ou KILLING JOKE, referências cuja sombra sonora se projecta sobre os dois singles já conhecidos, «Self Evident» e «Pendulum».
O segundo destes temas, especialmente, mostra Maynard a assumir por completo a estética gótica que há anos o acompanha, mas que aqui encontra uma expressão particularmente nítida. A curadoria de Mat Mitchell, multi-instrumentista e produtor de longa data dos PUSCIFER, segue uma rota diferente, embora complementar. O músico deixa clara a ligação ao pós-punk britânico mais angular e mais experimental, e as suas escolhas incluem nomes como MAGAZINE, PUBLIC IMAGE LTD. e NEW ORDER.
A sua lista, bastante mais curta do que a de Maynard James Keenan, aponta para uma filtragem bastante mais selectiva, mas igualmente reveladora das tradicionais tensões entre minimalismo, repetição e textura que sempre caracterizaram o ADN sonoro da banda. Já Carina Round abre o leque para territórios muito mais contemporâneos, aproximando os PUSCIFER das sensibilidades electrónicas e pop alternativas mais recentes.
Entre os artistas que ouviu obsessivamente constam FKA TWIGS, FEVER RAY, ALDOUS HARDING, THE SMILE e BON IVER, uma combinação que deixa adivinhar a presença de camadas vocais sofisticadas, as atmosferas mais etéreas e uma sensibilidade emocional distinta nas novas composições. A resposta dos fãs foi imediata: surgiram várias playlists no Spotify poucas horas após a publicação original, permitindo que qualquer ouvinte explore as influências que, de forma mais explícita do que nunca, orientaram a construção de «Normal Isn’t».
A playlist baseada nas escolhas de Maynard James Keenan tornou-se rapidamente a mais procurada e uvida, reunindo num só espaço o arco de referências que liga o passado sombrio e romântico dos anos 80 ao presente experimental dos PUSCIFER. Com o disco a chegar em Fevereiro, os músicos preparam-se agora também para regressar à estrada. A digressão norte-americana de apresentação de «Normal Isn’t» arranca em Março de 2026, com datas por toda a Primavera e a promessa de levar este novo capítulo ao palco — onde o trio sempre encontrou a sua forma mais teatral, desconcertante e envolvente.