À semelhança dos ANATHEMA, que pediram recentemente um apoio aos seus fãs através de uma campanha de crowdfunding, muitos são os músicos que estão a passar um mau bocado financeiramente com a pandemia do Coronavírus e, claro, com o consequente cancelamento de grande parte dos espectáculos que tinham marcados nas suas agendas. Numa entrevista à Riff Magazine, o guitarrista Teloch, dos noruegueses MAYHEM, falou sobre os problemas que a banda está a atravessar de momento, dizendo que “neste momento temos cerca de US$ 75.000 em dívidas. Tínhamos feito toneladas de merchandise para a tour, que estamos agora a tentar vender na nossa loja online. As pessoas estão a comprar, mas ainda sobra muita coisa para vender.” O músico, nascido Morten Iversen, completa o seu raciocínio dizendo que a banda está à procura alternativas para subsistir: “Para nós este não é, definitivamente, o melhor momento… Temos de começar a procurar um plano B. Temos por aí algum material que poderíamos usar, como algumas versões, por exemplo. Se calhar está na hora de as aproveitarmos, porque na verdade já temos material suficiente gravado para fazermos um álbum de covers. Existem algumas opções interessantes que podem irritar algumas pessoas. Na verdade, ainda não conversámos sobre isso, mas essa é uma discussão que temos de ter muito em breve.” Entretanto, se quiseres e/ou puderes ajudar a banda, podes aceder à loja online dos MAYHEM aqui.
A Decibel Magazine Tour — que juntava os MAYHEM, ABBATH, GATECREEPER e IDLE HANDS — estava agendada para os meses de Março e Abril e passaria por mais de vinte cidades dos Estados Unidos, mas foi cancelada “num esforço para controlar a propagação da pandemia COVID-19.” No momento do cancelamento, a banda já tinha tornado pública a sua situação precária num comunicado de imprensa divulgado através do seu site: “Apostámos tudo o que tínhamos nesta digressão e, como muitas outras bandas e artistas, o cancelamento afectou-nos muito. Não há necessidade de dourar a pílula: actualmente a nossa dívida total é de cerca de US $ 70.000. Sim… viajar pelos Estados Unidos é muito caro e são sempre todos os custos iniciais que sugam grande parte do lucro de uma rota destas. Quando uma digressão começa a rolar, normalmente está tudo bem, mas isto serve para mostrar como estas estrtuturas são frágeis. O merch é, na maioria dos casos, a principal receita das tours. Normalmente basta cancelarem dois ou três concertos para ficarmos na merda. E, desta vez, nem pudemos começar a digressão. É claro que isso não afecta só esta rota, mas também tudo o mais que planeámos para o futuro no que toca à promoção do «Daemon», o nosso último álbum“.