“Em espírito, são muito parecidos, porque o espírito em ambos era algo do género ‘aconteça o que acontecer, vai acontecer'”, explica MAX CAVALERA.
Entre os SEPULTURA, SOULFLY, CAVALERA CONSPIRACY e uma série de outros projectos, Max Cavalera gravou uma imensidão de discos ao longo dos anos. Numa entrevista com o Blabbermouth, o músico brasileiro apontou o clássico de 1989 «Beneath The Remains» e o álbum de estreia homónimo dos SOULFLY, de 1998, como sendo os dois álbuns mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
“Sempre disse que os dois discos mais difíceis que fiz acabaram por ser o «Beneath The Remains» e o «Soulfly»“, começou por explicar o Cavalera mais velho. “Musicalmente, são totalmente diferentes, um milhão de milhas diferentes. Mas, em espírito, são muito parecidos, porque o espírito em ambos era algo do género ‘aconteça o que acontecer, vai acontecer’.
Era como se estivesse numa situação sem esperança, sem medo, mas havia muita pressão para se ser bom de todos os lados. Tipo, ‘isto tem de ser bom’. Penso que ambos foram imensamente stressantes de fazer. E muito agradáveis, depois de terem sido feitos. Foi muito doloroso fazê-los, muito difícil mesmo, mas depois tornou-se muito fixe apreciar o que aconteceu a esses dois discos.
Sobretudo com o «Soulfly» havia essa pressão, que tinha a ver com a validação de quando os fãs o ouviram: ‘O Max está de volta!’. Depois ouviram a «Eye For An Eye» pela primeira vez e muitos fãs sentiram que eu estava efectivamente de volta — estava tudo lá. Foi um momento fixe.”
Recorde-se que o o mais recente álbum dos SOULFLY a 5 de Agosto de 2022, através da Nuclear Blast como sempre. Intitulado «Totem», o 12.º longa-duração da banda foi gravado no Platinum Underground em Mesa, no Arizona, estado norte-americano onde Max habita, por John Aquilino e Arthur Rizk, com assistência de John Powers.
A produção ficou a cabo do próprio músico brasileiro, em conjunção com o omnipresente Arthur Rizk, e haverá aparições especiais de John Powers (Eternal Champion),Chris Ulsh (Power Trip), e de um tal de… John Tardy (Obituary). Para além da produção, Rizk também foi o guitarrista lead do álbum.