Max Cavalera confirmou que os SOULFLY estão a trabalhar em material para o seu próximo álbum, que sucede a «Ritual», de 2018. “Actualmente estou a escrever uma série de coisas com o Zyon [Cavalera, baterista dos SOULFLY e filho de Max] três vezes por semana“, disse o músico brasileiro ao site irlandês Overdrive. “Tê-lo na banda comigo é uma situação muito boa, porque exploramos muitas ideias diferentes e ele vai trazer sempre trazer algumas coisas novas para a mesa que eu nunca tinha ouvido. Uma das coisas que também é muito fixe é que a forma como o Zyon toca é muito livre. Não é muito técnico, mas mais ‘de espírito livre’, se me entendem. É mais ou menos como soavam os velhos ENTOMBED. Ele fica um bocado fora de controle, como um animal — um pouco louco e cru.“
Pegando no nessa abordagem mais “selvagem“, o Cavalera mais velho aproveitou para fazer uma reflexão, dizendo que “hoje toda a gente está obcecado com a ideia de fazer o álbum com o som mais perfeito, e eu não gosto disso de maneira nenhuma. Gosto de erros e coisas meio malucas. Se ouvirem aqueles primeiros discos dos KREATOR, a bateria e os riffs estão por toda parte. É como se não estivessem a tocar juntos, mas soa tão fodidamente bem. Eu quero voltar para esse som natural ao vivo no próximo álbum dos SOULFLY. “
Elaborando o comentário de que deseja fazer um disco com um som mais orgânico, Max acrescentou: “Não estou muito preocupado com o lado técnico das coisas e quero captar a crueza do som, mais ou menos como os HELLHAMMER. Quero essa loucura e beleza brutal no álbum. Passar dos KILLER BE KILLED para os SOULFLY vai ser um grande salto em termos de som e composição, já que são duas entidades muito diferentes.” Os citados KILLER BE KILLED, que juntam Max Cavalera a Troy Sanders (dos MASTODON), Greg Puciato (dos THE DILLINGER ESCAPE PLAN) e Ben Koller (dos CONVERGE, ALL PIGS MUST DIE, MUTOID MAN) acabou de lançar o seu segundo álbum, «Reluctant Hero», através da Nuclear Blast.