As memórias que ROBB FLYNN conserva do lendário concerto de estreia dos MACHINE HEAD em Portugal, que decorrer no saudoso Pavilhão do Dramático, em Cascais. Pista — tem a ver com cerveja… e cabelo.
Já foi há mais de 25 anos que os MACHINE HEAD visitaram Portugal pela primeira vez. Em Novembro de 1994, na tour designada European Intourvention, os thrashers Slayer passaram pelo saudoso Pavilhão do Dramático de Cascais, e consigo trouxeram uns convidados muito especiais, acabadinhos de lançar o seu primeiro álbum, um tal de «Burn My Eyes».
Oriundos da Bay Area de São Francisco, Quinze concertos em solo nacional e mais nove álbuns depois, os MACHINE HEAD são uma das maiores bandas de metal do planeta e, durante a última entrevista que fizemos ao carismático Robb Flynn, pedimos-lhe para nos recordar as memórias que tem dessa poderosa primeira visita ao nosso país, uma imagem forte que lhe ficou na retina durante mais de um quarto de século. Pista — tem a ver com cerveja… e cabelo.
“Essa digressão lançou os Machine Head para a estratosfera”, recordou Flynn. “Tenho que dar muito crédito ao Kerry King, que acreditou muito em nós e nos deu uma oportunidade. Eu já tinha visto os Slayer mais vezes do que qualquer outra banda! Conduzia com os meus amigos para Los Angeles, Sacramento, Fresno, só para irmos ver os Slayer. Adorava-os. Quando conseguimos essa digressão foi inacreditável… Levou-nos pela Europa toda, pela América… foram cinco meses com eles. Vi 88 concertos dos Slayer de borla! [risos] Vi-os todas as noites! Senti-me um felizardo por isso.“
“As minhas memórias de Portugal?“, continua ele. “Portugal era de loucos naquela altura! Lembro-me que havia muita gente dependente da heroína. Lembro-me de ver alguém na bancada a chutar heroína para a veia e depois atirar a seringa para o tecto e a agulha ficou lá presa. Só pensava que era absolutamente de loucos. a sério. O espectáculo em si, foi espectacular.”
“A minha mais viva memória dessa noite aconteceu no final do concerto dos Slayer. Já sem ninguém no pavilhão, estavam a das latas e copos de cerveja do chão contra a barreira, e era só um monte de copos e de cabelo preto. [risos] Havia tanto cabelo naquele monte e eu só pensava que aquele sítio era doentio e que tinha adorado cada segundo em Portugal!“, rematou Flynn entre risos.