O «Hybrid Theory» já foi editado há 24 anos. Em baixo, recordamos uma fugaz passagem pela TV quando ainda não se percebia bem quão grandes poderiam ser os LINKIN PARK.
É uma daquelas bandas odiadas, demasiado associadas à pop para entrarem na história do metal, mas o seu primeiro disco ajudou a criar toda uma legião de fãs que, ainda hoje, se encontram por todas as áreas do metal. O álbum de estreia dos LINKIN PARK, «Hybrid Theory», de 2000, está ao mesmo nível do «Black Album» dos METALLICA, do «Antichrist Superstar» do MARILYN MANSON, do homónimo dos SLIPKNOT ou os dois volumes de «Use Your Illusion» dos GUNS N’ ROSES.
Todos são discos cuja popularidade extravasou os limites do hard’n’heavy, levando a que imagem e som inundassem outros espaços, permitindo a muitos descobrirem o som além das bandas e mergulharem num mundo infinito em que cada um pode escolher o seu veneno. Foi precisamente algum “veneno” que também deixou muitos órfãos, a começar pela geração dos anos 90, em particular a escola de Seattle, que viu demasiados músicos partirem cedo, fosse por overdose, por suicídio, por desespero ou por opção de vida.
Sobre algum desse “veneno” falava Corey Taylor numa notícia da LOUD!, mesmo que o “veneno” seja apenas um ponto de vista, e questionáveis opções de vida, devam ser aceites antes de… questionadas, talvez? A mesma interpretação se pode dar a opções de morte, mesmo que isso implique perder mais cedo um génio criativo.
Tudo isto poderia resultar numa conversa infinita, batalha de argumentos, listagem de prós e contras, mas nesta edição do RETROVISOR, fama e opções conjugam-se em Chester Bennington, vocalista dos LINKIN PARK que, com o seu disco de estreia, conseguiu atingir os vinte e quatro milhões de cópias vendidas. Sucessor de Mark Wakefield no lugar de vocalista nos LINKIN PARK, Chester acabou por ser sempre a cara do grupo, até à sua morte em 2017.
É um pouco da sua energia e carisma que ficam capturados em vídeo nesta fugaz passagem pela TV quando ainda não se percebia bem o quão grandes poderiam ser os LINKIN PARK, mas em que já se percebe bem o quanto andavam na fronteira entre o rap, a pop e o metal. No final, não importaram as opções de vida ou o estilo musical, mas sim os inúmeros fãs a que abriram as portas da música pesada e que, graças a uma malha pop como «One Step Closer», deram o seu passo para o nosso mundo.