LIMP BIZKIT

LIMP BIZKIT em luto: FRED DURST recorda SAM RIVERS com emoção e lágrimas [vídeo]

Após a morte do baixista e amigo de longa data, o vocalista dos LIMP BIZKIT partilhou um vídeo emocionado nas suas redes sociais.

A notícia abalou profundamente o universo do nü-metal: Sam Rivers, baixista e cofundador dos LIMP BIZKIT, morreu aos 48 anos, deixando para trás um legado incontornável na história do género. No dia seguinte ao anúncio oficial da sua morte, o vocalista Fred Durst publicou um vídeo de oito minutos no Instagram, onde recorda, entre lágrimas, o início da amizade e o impacto humano e artístico de Rivers. “O que ele nos deixou é inestimável”, afirmou, num testemunho comovente que rapidamente se tornou viral entre os fãs.

Durst começa o vídeo a recordar o primeiro encontro com Rivers, numa altura em que procurava músicos para concretizar a visão sonora daria depois origem aos LIMP BIZKIT. “Eu tinha esta ideia e não conseguia concretizá-la da forma certa. Portanto, decidi sair e procurar os músicos certos. Entrei num pequeno bar em Jacksonville Beach, o Pier 7, e lá estava o Sam no palco, a arrasar no baixo. Fiquei mesmo de boca aberta. Na minha cabeça, tinha de começar pela secção rítmica: o baixo e a bateria”, contou.

O vocalista lembra-se do espanto que sentiu ao vê-lo tocar um baixo de cinco cordas — algo incomum na altura — e o impacto imediato do seu talento. “Era tão suave, tão bom, que tudo o resto desapareceu. Só conseguia ouvir o Sam. Fui ter com ele depois de terem tocado e disse-lhe: ‘Tenho uma ideia para uma banda.’ Ele respondeu logo: ‘Bora. Estou dentro.’ Foi aí que os LIMP BIZKIT começaram a tomar forma mais concreta.

Essa decisão espontânea marcaria o início de uma das parcerias mais importantes do final dos anos 90 no metal alternativo. Pouco tempo depois, Rivers apresentou a Durst o seu primo, John Otto, baterista com formação jazzística que completaria a secção rítmica perfeita para o som híbrido que Durst procurava. “Eu estava a tocar guitarra, mal e porcamente, e o Sam preenchia tudo o resto. Ele e o John tinham uma magia especial entre eles. Foi nesse momento que percebi: ‘É isto. É isto que eu andava à procura’.”

O timoneiro dos LIMP BIZKIT também revelou o lado mais emocional e introspectivo de Sam Rivers, que descreveu como “um homem de um talento indescritível, capaz de transformar qualquer ideia em algo mil vezes melhor”. Ambos partilhavam uma paixão pelo grunge, algo que influenciaria o tom mais melódico e sombrio presente nas linhas de baixo que sustentaram êxitos como «Nookie», «My Generation» e «Re-Arranged». “Ele tinha essa capacidade de extrair uma tristeza bonita do baixo, de uma forma que nunca tinha ouvido antes”, disse Durst.

A relação entre ambos ultrapassava o palco. O vocalista recordou ainda os anos de digressões, de palcos partilhados e de crescimento conjunto com os LIMP BIZKIT: “Temos estado numa viagem enorme, uma montanha-russa. E agora estávamos num momento incrível. O Sam estava realmente feliz. Tocámos em estádios, viajámos pelo mundo, vivemos tantas coisas juntos. Onde quer que ele esteja agora, sei que está a sorrir e a pensar: ‘Eu consegui.’ E conseguiu mesmo.”

Fred Durst interrompe o vídeo momentos antes de chorar, encerrando com uma nota de gratidão e perda: “Ele foi o primeiro a acreditar, o primeiro a ajudar a tornar este sonho realidade. Tinha apenas 18 anos e uma chama dentro dele que nunca se apagou. Fui incrivelmente afortunado por tê-lo na minha vida. Sinto-me grato e vazio ao mesmo tempo. Já tenho tantas saudades.”

Desde a notícia da morte de Sam Rivers, no passado dia 18 de Outubro, os membros dos LIMP BIZKIT têm partilhado vídeos e fotografias antigas nas redes sociais, numa torrente de homenagens que revelam a profundidade da perda. O DJ Lethal pediu respeito pela privacidade da família, sublinhando que “este é um momento de luto que deve ser vivido com dignidade”. A causa da morte ainda não foi revelada, mas o baixista, que lutara ao longo dos anos com problemas de saúde e dependência, era a espinha dorsal do som da banda — o elemento que unia o peso metálico das guitarras de Wes Borland à energia rítmica e urbana das vozes de Fred Durst.

Com a sua morte, termina um capítulo essencial da história dos LIMP BIZKIT, uma banda que, amada ou odiada, ajudou a definir uma geração. No entanto, como Durst fez questão de lembrar, o legado de Sam Rivers não se apagará tão cedo. “O que ele nos deixou é inestimável. O seu dom vai continuar a dar. E eu amo-o tanto.” Podes ver o vídeo completo aqui.